Presidente do parlamento da Madeira diz que democracia “não se deve reduzir” às eleições

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O presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, José Manuel Rodrigues, disse que a democracia “não se deve reduzir” às eleições, durante a sessão de abertura do Parlamento dos Jovens, e apelou a que os jovens participem “nas decisões sobre a vida coletiva”.

O presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, José Manuel Rodrigues, disse que a democracia “não se deve reduzir” às eleições, durante a sessão de abertura do Parlamento dos Jovens, na passada segunda-feira, e apelou a que os jovens participem “nas decisões sobre a vida coletiva”.

José Manuel Rodrigues lembrou a importância das eleições legislativas, que foram realizadas no passado domingo, para salientar que esse foi um direito, de cidadania, e uma “conquista trazida pela democracia, há 50 anos, com o 25 de abril”.

O presidente da Assembleia Regional, vincou que a democracia “não se deve reduzir” ao ritual das eleições, e acrescentou que a democracia “deve ser exercida por cada um dos cidadãos, diariamente, participando nas decisões da vida coletiva através das diversas instituições”.

Parlamento Jovem debateu abril

A sessão do Parlamento dos Jovens teve como tema ‘Viver ABRIL na Educação: caminhos para uma escola plural e participativa’ e reuniu no ensino básico 11 escolas madeirenses, 62 alunos e 12 professores do ensino básico.

José Manuel Rodrigues defendeu que a educação foi o sector onde a Madeira e Portugal “mais evoluíram nestes últimos 50 anos”, e acrescentou que “a principal desigualdade que temos nas nossas sociedades é a desigualdade do acesso ao conhecimento, porque origina desigualdades económicas e injustiças sociais”.

Para o presidente do parlamento regional “um cidadão qualificado é um cidadão apto a exercer todos os direitos que lhe oferece a democracia e o estado de Direito”, e sublinhou que é a qualificação que dá as “oportunidades de afirmação social, que a Região e o país lhes proporcionam”.

José Manuel Rodrigues revelou preocupação com o abandono escolar, e com a chamada ‘geração nem nem’ (jovens com mais de 18 anos que nem estudam nem trabalham), e apelou a uma “melhor adequação” da oferta de cursos às “vocações dos jovens e às necessidades do mercado de trabalho”.

O presidente da Assembleia da Madeira disse que o acesso de todos à educação, e a autonomia foram “grandes conquistas” do 25 de abril.

“É por isso que podemos dizer que o 25 de abril, a Democracia e a Autonomia valeram a pena e que devemos continuar a lutar por eles”, disse José Manuel Rodrigues.

No Parlamento dos Jovens esteve também o secretário regional de Educação, Ciência e Tecnologia, Jorge Carvalho, que destacou a importância do tema [da educação] “quando estamos a celebrar os 50 anos da implementação da Democracia em Portugal e simultaneamente os 48 anos da Autonomia”.

O governante disse que “há 50 anos 60% da nossa população era analfabeta. Hoje, felizmente, esses dados estão debelados e temos todos os jovens nas nossas escolas”.

Jorge Carvalho disse que a escola hoje em dia é “participativa, e o exemplo disso é a vossa presença hoje, aqui. Aquilo que se pretende da escola é que vá além daquilo que é a sua função e a sua missão: transmitir conhecimentos, valores e princípios. Acima de tudo preparar os desafios do futuro e as novas gerações para além daquilo que é o espaço da escola e da dimensão curricular. A escola tem uma visão abrangente da formação e da participação”.

O governante sublinhou a importância que desde novos os jovens possam ter intervenção cívica. “Porque é com essa dinâmica que conseguimos, em Democracia, ter a capacidade de ouvirmos todos e decidir pelo melhor. E isso só é possível quando temos uma participação ativa e responsável”, sublinhou Jorge Carvalho.

Na sessão do Parlamento dos Jovens esteve também o deputado do PS na Assembleia da República, Miguel Iglésias, que destacou a importância de “uma melhor consciência crítica e apurada consciência política, e para uma mais exigente consciência cívica”.

Miguel Iglésias salientou que o 25 de Abril trouxe a liberdade e a democracia a Portugal.

“Estas duas palavras não são coisa pouca. É a Liberdade que nos permite viver em sociedade sem restrições aos nossos direitos, que nos permite a livre expressão e a imprensa livre, que nos permite a livre circulação e o pensamento livre. A Democracia é outro pilar fundamental da nossa sociedade. Permite a existência de partidos políticos, eleições livres e justas, com o povo a decidir livremente o seu futuro político a nível nacional, regional e local”, disse o deputado do PS.

Miguel Iglésias referiu “o papel fundamental” da Educação “no desenvolvimento e crescimento de uma sociedade livre e democrática e Portugal tem dado passos significativos para melhorar os níveis de qualificação e formação das gerações mais jovens”.

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