Privacidade é a grande barreira às moedas digitais dos bancos centrais, referem analistas

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A Minsait Payments falou com analistas financeiros e um em cada quatro apontaram a privacidade dos utilizadores como a maior problemática no que diz respeito a ferramentas como o euro digital.

As moedas digitais emitidas pelos bancos centrais (CBDC), como é o caso do euro digital, despoletam receios nos analistas financeiros, sendo que as questões ligadas à privacidade constituem a maior problemática, de acordo com uma análise da Minsait Payments.

Um em cada quatro dos 4.800 analistas financeiros consultados no âmbito do estudo consideram que as dúvidas relativas à privacidade e ao controlo público formam a principal barreira à adoção destas moedas, por parte dos cidadãos em geral.

Seguem-se a falta de literacia financeira e digital dos utilizadores, referida por 21%, assim como os desafios tecnológicos e de infraestruturas (19%). Logo atrás, surgem questões ligadas ao risco de irrelevância da solução (14%) e a eventual resistência à mudança por parte das entidades financeiras tradicionais (10%), referem os analistas, de vários países, entre os quais Portugal.

A aplicação de uma CBDC tem sido avaliada pelos bancos centrais, no que respeita à relevância, rentabilidade, viabilidade e implicações associadas. Ainda assim, podem existir implicação imprevistas para o sistema de pagamentos global, na medida em que podem gerar-se nos cidadãos a ideia de que estão a perder controlo sobre o dinheiro.

Simultaneamente, um terço dos analistas inquiridos acredita que as moedas digitais dos bancos centrais terão um papel complementar às moedas físicas no imediato, mas sem a possibilidade de as substituírem, ao passo que um quarto crê que a utilização das mesmas vai ser limitada a determinadas regiões ou países. Isto ao mesmo tempo que 19% dos consultores indica que não tem a expetativa de que aquelas moedas digitais sejam usadas de forma massiva e generalizada.

Com todos estes receios, são apenas um em cada dez (10%) os que referem que as CBDCs serão essenciais dentro de dez anos.

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