Mais de um terço dos trabalhadores administrativos (37%) inicia sessão fora do horário padrão da sua empresa, pelo menos uma vez por semana. Quem faz mais pausas gere melhor a ansiedade e o stress. Conclusões são de um estudo da Slack.
Os trabalhadores de escritório têm menos 20% de produtividade quando se mantêm ligados depois do horário laboral. É esta a principal conclusão de um estudo realizado pela Slack, que envolveu mais de dez mil profissionais que utilizam a plataforma colaborativa da Salesforce.
Mais de um terço dos trabalhadores administrativos que participaram no inquérito (37%) disse que inicia sessão fora do horário padrão da sua empresa, pelo menos uma vez por semana, e mais de metade (54%) admite que é porque se sente pressionado a fazê-lo e não porque assim o deseja. Ou seja, trabalham pela noite dentro ou começam a jornada antes das clássicas “9h” da manhã.
O Slack Workforce Index apercebeu-se de que trabalhar após horário que está estipulado está associado a níveis mais baixos de produtividade e pode também ser um sinal de alerta de que o funcionário precisa de apoio para organizar a lista de tarefas e equilibrar o tempo que tem disponível.
“De forma alarmante, os dados mostram que muitos trabalhadores de todos os níveis realizam as suas tarefas diárias sem qualquer tempo de inatividade, tendo 1,7 vezes mais probabilidade de sofrer esgotamentos”, lê-se na síntese do estudo divulgado publicamente esta terça-feira.
Outra das conclusões observadas foi que quem faz pausas tem pontuações 62% mais elevadas em termos de equilíbrio entre vida profissional e pessoal, 43% mais capacidade de gerir o stress e a ansiedade, 43% mais satisfação geral e valores 13% mais elevados em produtividade, segundo a aplicação tecnológica.
Aliás, os profissionais mais produtivos utilizam estratégias de gestão de tempo: têm 1,6 vezes mais probabilidade de bloquear o tempo para concluir tarefas específicas, 1,7 vezes mais probabilidade de verificarem e-mails apenas em horários específicos e 2,2 vezes mais probabilidade de definirem temporizadores de foco.
“Há muito que vemos um foco na quantidade em detrimento da qualidade em muitos aspetos do trabalho, desde a forma como gastamos o nosso tempo até à forma como definimos a produtividade. Sentir consecutivamente que se está a ficar para trás prejudica os colaboradores e a própria empresa”, começa por alertar a vice-presidente sénior de Investigação e Analítica do no Slack, em comunicado enviado aos meios de comunicação social.
Para Christina Janzer, que é também responsável de “Workforce Lab” na subsidiária da Saleforce, esta constatação “sublinha a importância de construirmos uma cultura de confiança, onde as equipas se sentem seguras para poderem falar quando precisam de ajuda para definirem prioridades, ou para terem o equilíbrio certo de tempo no dia de trabalho para realizarem as suas tarefas”.
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