Programa de Inteligência Artificial generativa da Microsoft alargado a startups e PME

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A tecnológica anunciou que o Copilot para software Microsoft 365 ficou disponível para empresas de menor dimensão e que agora há uma versão paga para utilizadores individuais, cuja mensalidade é cerca de 18 euros.

A Microsoft apresentou esta semana novidades do seu “copiloto” de profissionais e consumidores. O maior programa de Inteligência Artificial (IA) generativa da Microsoft, Copilot, tem agora uma versão paga com mais funcionalidades e deixa de ter tantos obstáculos para empresas de menor dimensão.

O Copilot para o software Microsoft 365 passa a estar disponível para pequenas e médias empresas (PME), nomeadamente empreendedores que estão a criar o primeiro negócio, startups ou organizações com menos de 300 pessoas. Ou seja, a tecnológica deixa de ter uma exigência mínima de 300 licenças nos planos comerciais.

“As PME são o coração de todas as comunidades e a força vital das economias locais. Eles têm um impacto descomunal no mundo e nos mercados que apoiam. Nos Estados Unidos, esta categoria representa 99,9% dos negócios e emprega quase metade da força de trabalho”, argumenta a gigante cofundada por Bill Gates. Em Portugal, a percentagem é semelhante.

A gestão das PME considera que a comunicação com os clientes ocupa a maior parte do tempo (66%), seguindo-se a gestão de orçamentos (50%) e as tarefas administrativas (48%), de acordo com uma análise realizada pela Microsoft.

Por outro lado, entre as grandes multinacionais que utilizam Copilot estão a Visa, a BP, a Honda, a farmacêutica Pfizer, bem como as consultoras Accenture, KPMG ou PwC. E mais de um terço (40%) das empresas do Fortune 100 participaram no programa de acesso prévio a esta ferramenta.

“É ainda mais poderoso para as organizações porque funciona em todo o seu universo de dados no trabalho, incluindo emails, reuniões, chats, documentos e muito mais, além da Web. Com instruções em linguagem natural como «diga à minha equipa como atualizamos a estratégia do produto”. O Copilot pode gerar uma atualização de estado com base nas reuniões matinais, e-mails e conversas de chat”, explica o vice-presidente executivo e Consumer Chief Marketing Officer da Microsoft.

Segundo Yusuf Mehdi, o objetivo da tecnológica é permitir que “cada pessoa e cada empresa no planeta possa alcançar mais”, disponibilizando este “companheiro diário de IA a milhões de pessoas em todo o mundo”. “Atingimos mais um marco nesta missão com mais de 5 mil milhões de chats e mais de 5 mil milhões de imagens até à data”, revelou o executivo da Microsoft.

Para os utilizadores individuais, torna-se possível fazer uma subscrição da versão ‘Pro’ do Copilot que custa 20 dólares por mês (aproximadamente 18,27 euros) e dá a verdadeira experiência dos chatbots e algoritmos a cada um aí em casa, porque vai buscar informação de contexto aos vários dispositivos (computador, aplicações, internet e em breve telemóvel).

O assinante, que também tenha o Office 365 instalado, recebe ainda o “Semantic Index” para usuários do Office 365 – portanto, deixa de ser um pré-requisito ter o Microsoft 365. Na prática, este índice de semântica é uma espécie de motor de busca avançado que localiza informações e ficheiros por palavras-chave. Imaginemos que uma empresa pesquisa por “janeiro” “relatório” vendas”, automaticamente, vão surgir documentos ou contactos que incluem essas palavras, mas aqui a semântica e a IA vão mais longe e sabem que os relatórios de vendas são produzidos todos os meses pela “Clara Vaz” (nome fictício) do departamento financeiro e publicados num ficheiro Excel que é deixado na pasta X.

Ademais, esta verão pro deixa-o criar o seu próprio Copilot, personalizado para um determinado tópico, com o “GPT Builder” que chegará em breve com uma série de prompts (instruções que dá ao algoritmo para a resposta de que precisa).

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