"Progressos" nas negociações com Turquia para compra de caças Eurofighter

2 horas atrás 23

"Como a Turquia é um membro da NATO, é natural que tomemos estas decisões [de exportar armas]. Recentemente, tomámos uma decisão deste tipo e haverá mais", afirmou Scholz numa conferência de imprensa conjunta com o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, quando questionado sobre as exportações de armas alemãs para a Turquia.

Scholz estava a referir-se à venda, recentemente aprovada, de torpedos e mísseis alemães para a Marinha turca, no valor de centenas de milhões de euros.

"Há projetos na fase inicial; o Reino Unido está a conduzir negociações e haverá progressos neste campo", acrescentou o chanceler, numa aparente referência à venda de caças, promovida por Londres, mas até agora desaprovada por Berlim.

Scholz chegou a Istambul na sexta-feira à noite e encontrou-se com Erdogan ao meio-dia de hoje no Palácio Dolmabahçe para discutir as relações bilaterais, os laços da Turquia com a União Europeia (UE), a invasão da Ucrânia pela Rússia e a guerra de Israel em Gaza e no Líbano.

Entre outros assuntos, estava previsto um acordo para facilitar a deportação de cidadãos turcos sem autorização de permanência na Alemanha, mas os líderes evitaram fazer qualquer referência a este ponto e falaram apenas de uma maior cooperação em matéria de migração.

Scholz admitiu que Berlim está a negociar "com os seus parceiros" a possibilidade de deportar para a Síria cidadãos sírios que tenham cometido crimes graves na Alemanha.

A questão é igualmente controversa na Alemanha, uma vez que Berlim teria de negociar com o regime do Presidente sírio Bashar al-Assad ou com as autoridades internacionalmente não reconhecidas das regiões curdas autónomas, no nordeste do país, ou ainda com Ancara, que controla certas áreas do noroeste da Síria.

Erdogan acusou Israel de cometer um "genocídio" em Gaza e Scholz insistiu no "direito de Israel a defender-se", embora tenha afirmado que este deve também respeitar o direito internacional.

Ambos concordaram com a necessidade de alcançar um cessar-fogo que conduza a negociações para o estabelecimento de um Estado palestiniano vizinho de Israel.

Leia Também: Ministros do G7 reafirmam apoio "inabalável" à Ucrânia

Ler artigo completo