A sondagem da Intercampus para a CMTV/CM/Jornal de Negócios realizada à boca das urnas atribui a vitória nas eleições legislativas deste domingo à AD, mas sem que a coligação consiga estar próxima de uma maioria - quer sozinha quer unindo-se à Iniciativa Liberal ou mesmo ao PAN. A Aliança Democrática (AD) obterá entre 27,2% e 33,2% dos votos, enquanto o PS alcançará 23,8% a 29,8%.
O Chega reforça o estatuto de terceira maior força política com 15,6% a 20,6% dos votos.
Seguem-se a Iniciativa Liberal, que poderá obter entre 3,3% e 7,3% dos escrutínios, o Bloco de Esquerda, com 2,7% a 6,7%, a CDU, com 1,2% a 5,2%.
O Livre passará a ter um grupo parlamentar, com a sondagem a atribuir-lhe entre 2,1% e 6,1%, ultrapassando o PAN, que conseguirá entre 0,5% e 3,5%.
A surpresa poderá vir do ADN que conseguirá até 2,9% dos votos, o que lhe poderá valer a entrada no Parlamento.
Em termos de distribuição de mandatos, tudo aponta para que não haja uma solução clara de estabilidade governativa. A AD pode almejar entre 77 e 89 lugares. Excluindo o Chega de um possível entendimento, os seis a 12 deputados da IL e mesmo juntando os possíveis quatro do PAN (caso alcance o limite superior do intervalo), não é alcançado o limiar dos 116 deputados necessários para uma maioria.
O PS poderá conseguir eleger entre 67 e 79 parlamentares. Também aqui, os possíveis entendimentos não somam os lugares necessários à maioria. O BE terá entre 4 a 10 lugares, a CDU entre um e 5, o Livre poderá alcançar entre 4 e 8 mandatos. Mesmo somando o PAN, o máximo alcançável fica abaixo dos 116.
O Chega reforça significativamente a sua bancada, podendo eleger 42 a 52 deputados.
FICHA TÉCNICA:
Sondagem Intercampus para a CM/CMTV/Jornal Negócios, realizada no dia 10 de março de 2024, com o objetivo de identificar o resultado da votação para as eleições Legislativas em 2024. Universo constituído por eleitores que participaram no ato eleitoral. Com recolha através de simulação de voto em urna, a amostra é constituída por 24.328 entrevistas, recolhidas em 24 freguesias de Portugal Continental. O erro de amostragem, para um intervalo de confiança de 95%, é de mais ou menos 0,6%. Os resultados da projeção são diretamente obtidos a partir de uma sondagem realizada pela Intercampus.