Estudo europeu alerta para o crescimento da direita radical por toda a Europa, podendo obter vitórias nas eleições europeias em vários países.
O Chega poderá eleger quatro deputados nas próximas eleições europeias. Esta é a estimativa de uma projeção realizada pelo European Council on Foreign Relations (ECFR), um think-tank europeu.
O estudo aponta que o PS vai perder um deputado passando para oito, mas continuando a liderar a representação nacional. Já o PSD mantém os seis deputados.
A grande novidade será o Chega que poderá eleger quatro deputados, atualmente não tem nenhum.
Já o Bloco de Esquerda poderá perder um lugar, passando a ter um deputado.
O PAN deverá manter o seu deputado.
E dois partidos poderão deixar de estar representados: a CDU que pode vir a perder dois lugares, e o CDS que pode perder o seu deputado.
Os autores explicam a sua metodologia para fazer a projeção: a atual posição de cada partido nas sondagens; o voto de cada partido nas legislativas mais recentes; se o partido está no governo ou na oposição; a que família política europeia pertence o partido e se é euro-céptico; o tempo que passou desde as últimas legislativas. Assim, as sondagens mais recentes pesam 78%, e as eleições legislativas mais recentes pesam 13% no cálculo final.
Na sua análise, o centro de estudos europeu alerta para o aumento de poder por parte de partidos de direita radical por toda a Europa, destacando os países onde podem vencer as eleições europeias, incluindo a Áustria, França e Polónia.
Noutros países podem ficar na segunda ou terceira posição, como Espanha, Portugal ou Suécia.
A projeção deverá servir como “chamada de alerta para os decisores políticos europeus para o que está em jogo” nestas eleições, segundo os autores do estudo: Simon Hix e Kevin Cunningham.
As projeções apontam para a perda de influência de poder por parte dos maiores grupos políticos europeus: o Partido Popular Europeu de centro-direita; os Socialistas e Democratas de centro-esquerda; os centristas do Renew Europe e os Verdes.
Os partidos de esquerda radical poderão ganhar lugares (de 38 para 44), mas os Conservadores Europeus e Reformistas do ECR podem passar de 67 para 85 lugares, e os de direita radical do ID poderão passar de 58 para 98 lugares.
O estudo também alerta para o crescimento dos movimentos eurocépticos, com destaque para a Hungria, Itália, Eslováquia, Suécia e os Países Baixos.
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