PS insiste que compra de ações dos CTT “cumpriu todos os trâmites legais”

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“Não há dúvidas de que se tratou de um processo que cumpriu todos os trâmites legais tendentes a uma operação de aquisição por parte do Estado”, afirmou esta tarde a deputada socialista, no Parlamento, reiterando que a compra “não foi ocultada nem escondida na medida em que se tratou de uma operação em bolsa”, pelo que não podia ocorrer “de forma mais pública e transparente”.

O Partido Socialista (PS) voltou a insistir, pela voz de Fátima Correia Pinto, que a aquisição de ações do CTT pela Parpública em 2021, noticiada pelo JE, “cumpriu todos os trâmites legais”.

“Não há dúvidas de que se tratou de um processo que cumpriu todos os trâmites legais tendentes a uma operação de aquisição por parte do Estado”, afirmou esta tarde a deputada socialista, durante o debate sobre empresas públicas intervencionadas, no Parlamento, reiterando que a compra “não foi ocultada nem escondida na medida em que se tratou de uma operação em bolsa”, pelo que não podia ocorrer “de forma mais pública e transparente”.

De acordo com a socialista, no decorrer do processo, que classifica como “transparente e legal”, “foi sempre preservado o interesse público”.

Segundo a mesma deputada, com o agendamento potestativo do debate, o Chega “tentar esticar o seu aproveitamento político de um caso que é um não caso” e “que apenas serviu e continua a servir para alimentar já acesas campanhas partidárias”.

Em resposta, o deputado Filipe Melo acusou o partido de manter uma “retórica estudada em laboratório” na defesa de um processo ao qual faltou “transparência”.

A deputada recordou o pedido de parecer apresentado à Unidade Técnica de Acompanhamento e Monitorização do Setor Público Empresarial (UTAM) pelo gabinete do secretário de Estado do Tesouro, em fevereiro de 2021, sobre a operação de aquisição pela Parpública da participação qualificada de até 13% dos CTT.

“O relatório da UTAM foi favorável à aquisição, pelo que claramente terá sido demonstrado o interesse e a viabilidade económica e financeira da operação”, continuou.

O Chega e a IL solicitaram debates potestativos para questionar o Governo sobre a operação, que foram agendados para esta tarde e amanhã, dia 11.

A compra de ações dos CTT pela Parpública, entre 2020 e 2021, por ordem do Governo, que mantém atualmente uma participação não-qualificada no capital da empresa que gere o serviço universal de correios, foi noticiada pelo JE no início de janeiro.

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