Putin aplaude êxitos do exército na guerra contra as forças ucranianas

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"As nossas tropas estão constantemente a melhorar a sua posição em todas as direções, todos os dias", disse Putin durante uma reunião com oficiais superiores e o novo ministro da Defesa, Andrei Belousov, transmitida pela televisão russa.

A Rússia lançou na sexta-feira uma ofensiva surpresa no nordeste da Ucrânia e reivindicou hoje a tomada de localidades na região de Kharkiv, cuja capital, com o mesmo nome, é a segunda maior cidade do país.

"A rapidez com que reagimos às exigências do momento dá-nos a confiança de que cumpriremos todos os nossos objetivos", acrescentou Putin, citado pela agência francesa AFP.

Face à ofensiva russa, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ordenou o envio de reforços para Kharkiv e cancelou todos os compromissos no estrangeiro nos próximos dias, incluindo deslocações previstas a Espanha e a Portugal.

Na reunião com os militares, Putin disse que as despesas com a defesa e a segurança para este ano corresponderão a 8,7% do Produto Interno Bruto (PIB).

"Permitam-me que vos recorde que, em meados da década de 1980, as despesas totais da União Soviética com a defesa e a segurança ascendiam a cerca de 13%. Em 2024, a nossa despesa com a defesa e a segurança será de cerca de 8,7%", afirmou.

O orçamento federal da Rússia para este ano prevê um total de despesas com a defesa e a segurança de 13,67 biliões de rublos (131,6 mil milhões de euros, ao câmbio atual).

"Trata-se de muito dinheiro e somos obrigados a geri-lo de forma cuidadosa e eficaz", afirmou.

Putin insistiu que a razão para ter nomeado Belousov para a Defesa é o aumento das despesas militares e a necessidade de integrar na economia nacional o equilíbrio entre o custo dos armamentos e dos programas sociais.

"Ao mesmo tempo que aumentamos as despesas com a defesa e a segurança, continuamos a partir do princípio de que todas as obrigações sociais para com os cidadãos devem ser cumpridas", disse.

Segundo Putin, Belousov, um tecnocrata e perito em economia, sabe como gerir melhor as despesas militares russas nas condições atuais.

Belousov substituiu Serguei Shoigu, que foi ministro da Defesa durante 12 anos, incluindo os mais de dois anos da atual guerra contra a Ucrânia, que a Rússia invadiu em fevereiro de 2023.

Shoigu, atual secretário do Conselho de Segurança russo, participou na reunião com Putin, bem como o chefe do Estado-Maior-General das forças armadas, Valery Gerasimov.

Putin prometeu que, tendo em conta a situação, não estão previstas quaisquer alterações na chefia do Estado-Maior-General, uma possibilidade que ficou no ar após a demissão de Shoigu.

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