Putin felicita líderes da Crimeia pelo 10.º aniversário da "reunificação"

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Putin telefonou ao líder da República da Crimeia, Serguei Axionov, e ao prefeito da cidade portuária de Sebastopol, Alexei Chali.

Assinalam-se hoje 10 anos desde que a Crimeia decidiu juntar-se à Federação Russa, segundo os resultados oficiais de um referendo separatista realizado sob ocupação militar russa, condenado e não reconhecido por Kiev e por grande parte da comunidade internacional.

Horas antes da informação divulgada pelo Kremlin, também o ministério russo dos Negócios Estrangeiros saudou a decisão dos habitantes da península de "ficarem com a Rússia para sempre", sustentando que "as mudanças significativas ocorridas [...] confirmam a justeza da escolha histórica feita pelos habitantes da Crimeia há 10 anos a favor da reunificação com a Rússia".

De acordo com uma sondagem divulgada por Moscovo esta semana, 86% dos russos continuam a apoiar a "reunificação" da Crimeia, como é conhecida na Rússia a anexação da península ucraniana.

Em 16 de março de 2014, os habitantes da Crimeia, península pertencente à Ucrânia desde 1954, foram chamados a votar num referendo em que lhes foram dadas duas opções -- "reunificação" com a Rússia ou manutenção do estatuto da Crimeia como parte da Ucrânia.

O resultado oficial foi significativo: 96,5% dos habitantes da Crimeia - mais de 80% dos quais de etnia russa - apoiaram a integração na Federação Russa.

Em 18 de março desse ano, o Presidente russo assinou no Kremlin o tratado de anexação da península ucraniana e da cidade de Sebastopol, base da frota russa no Mar Negro.

Tanto os políticos da Crimeia como os políticos federais russos argumentam hoje que a anexação da península impediu os Estados Unidos de estabelecerem uma base naval no território, o que lhe teria garantido o controlo do Mar Negro, uma ameaça direta à segurança da Rússia.

Putin deverá participar num comício na Praça Vermelha, na segunda-feira, para comemorar o 10.º aniversário da anexação, e celebrar a sua provável reeleição, no domingo, para um quinto mandato como Presidente russo.

A guerra desencadeada pela invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a pior crise de segurança desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

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