Qual o doce de Natal preferido dos ‘Chefs’?

8 meses atrás 71

O desafio foi mesmo este. “Qual o seu doce de Natal preferido?” E como um doce traz sempre consigo memórias de infância, rituais em família, descobertas e aprendizagem, perguntámos a nove reputados Chefs qual o doce que ainda hoje lhes faz crescer água na boca e que continuam a acarinhar na sua mesa.

Chef Maycon Melo

É impensável falar de Natal e não lembrar logo do “Pé de moleque” da minha irmã Vanessa. Ela pouco sabia cozinhar, mas o que sabia aprendeu com a nossa mãe. No Natal, tínhamos sempre a casa cheia de família, havia muita brincadeira e diversão, mas por vezes faltavam as sobremesas para ‘adoçar’ o momento. A minha irmã pegava em alguns ingredientes, como leite condensado, açúcar de cana, amendoim e alguma especiaria, juntava tudo, misturava com muito carinho e levava ao forno. O cheirinho de leite tostado, o amendoim “a gritar Brasil”, tudo muito cremoso mas muito crocante.

Quase todos comiam enquanto ainda estava quente. Tanto amor e carinho num doce! Para mim era o mais famoso “Pé de Moleque” que alguma vez provei e que nunca esquecerei.

Restaurante Mirante Rooftop Bar; Sra. da Rosa, Tradition & Nature Hotel

Chef Miguel Teixeira

Os “Sonhos” de Abóbora, sem dúvida. Com aspas porquê? Porque em criança, que é quando realmente se dá valor ao Natal, este era passado muito vezes em Trás-os-Montes, na terra dos meus avós, e lá este doce tão apreciado tinha o nome de filhó ou filhós de abóbora. Os ‘sonhos’ surgiram mais tarde, porque alguém se lembrou que aquilo ficava fofinho e parecia uma nuvem.

Além de ser muito bom e também algo mais saudável (não me matem os defensores de dietas, mas é verdade, ao menos leva abóbora, não é só açúcar, ovos e farinha), os meus avós plantavam abóboras, ou seja, havia muitas disponíveis. Antigamente, nas aldeias consumíamos o que era produzido.

Restaurantes Erva e Soul Garden, Hotel Corinthia Lisbon

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