Queda de muro em Braga. Autarquia foi alertada para degradação quatro anos antes

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Queda muro em Braga

02 mai, 2024 - 14:06 • Isabel Pacheco

Arrancou esta quinta-feira no Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga o julgamento para apuramento de responsabilidade civil pela queda de um muro que vitimou três jovens em 2014.

Arrancou esta quinta-feira no Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga o julgamento para apuramento de responsabilidade civil pela queda de um muro que vitimou três jovens em 2014, junto à Universidade do Minho.

Na sessão, o gestor do condomínio admite que tinha conhecimento do estado da estrutura que ruiu e garante que alertou, quatro anos antes do acidente, a Câmara Municipal de Braga, uma vez que a estrutura era de domínio publico.

O administrador, um dos dois arguidos no processo, foi ouvido esta quinta-feira na primeira sessão do julgamento civil no tribunal administrativo e fiscal de Braga.

Em causa está a ação interposta pelos pais das três vítimas que, dez anos volvidos, exigem o apuramento da responsabilidade civil do acidente e uma indeminização de 450 mil euros à Camara municipal e ao condomínio que era servido pelas caixas de correio instaladas na estrutura que ruiu.

Ao longo do julgamento serão ouvidas perto de 30 testemunhas. Entre elas, técnicos de engenharia da Universidade do Minho, os fiscais do município que fizeram a peritagem à estrutura, bem como, os jovens que acompanhavam as vítimas no dia do acidente.

Segundo fonte ligada ao processo, o Tribunal indeferiu o requerimento apresentado pela autarquia bracarense para que fossem considerados os depoimentos dos estudantes no julgamento criminal. A juíza que tutela o caso considerou que toda a prova deverá ser produzida no decorrer deste novo julgamento.

No processo-crime, os quatro estudantes que foram para cima do muro foram absolvidos de homicídio negligente.

O julgamento do Tribunal administrativo e Fiscal de Braga decorre à porta fechada.

A Renascença tentou ouvir a Câmara Municipal de Braga, arguida no processo, que se recusa, para já, a prestar declarações sobre o caso.

Os factos remontam a de abril de 2014, quando, no âmbito de uma ação de praxe, quatro alunos da Universidade do Minho foram para cima de um muro, nas imediações da academia, em Gualtar. O muro acabou por ruir, matando três estudantes que estavam na base.

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