"Estamos todos um bocadinho fartos". PCP critica "chuva de promessas"

3 meses atrás 54

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, criticou, esta segunda-feira, a "chuva de promessas" a que o país está a assistir nos últimos dias, considerando que, desta forma, não está a contribuir-se "para a credibilização da política". 

O líder comunista falava aos jornalistas a partir da estação de comboios de Algés, em Lisboa, após uma sessão sobre a modernização da  Linha de Cascais, onde deixou algumas promessas relativas aos transportes.

"Fiz uma afirmação de compromisso. Até fiz essa diferença entre a chuva promessas que anda aí todos os dias - não para - e o assumir de compromissos", afirmou.

Lembrando que, anteriormente, "contra a vontade do Governo", foi possível reduzir o preço dos passes e dos transportes, o líder do PCP assumiu o compromisso de "voltar a propor a redução passes para 20 euros", tal como já havia feito na discussão do Orçamento do Estado para 2024. "Cá estaremos a dar a cara por esse compromisso", disse. 

Neste sentido, criticou: "Estamos todos um bocadinho fartos de promessas". "Estamos no momento das promessas e amanhã será o momento, se se apanhassem no poleiro, para justificar porque é que não podem cumprir as promessas que estão a prometer", reforçou.

Na ótica de Paulo Raimundo, este tipo de atuação não contribui para a "credibilização da política". "Nós não contribuímos para a credibilização da política com a sistemática situação em que se faz promessas, que se vai resolver os problemas todos de um dia para o outro e, depois, no dia seguinte, com o poder nas mãos, faz-se tudo menos aquilo que se prometeu", reiterou.

Interrogado sobre se o PCP cumpriria todos as promessas que tem feito caso chegasse ao poder, Paulo Raimundo respondeu positivamente, assegurando não ter "dúvida nenhuma sobre isso".

"Se ganhássemos eleições, se tivéssemos forças para isso, cumpriríamos à risca os compromissos que assumimos. Não tenho dúvida nenhuma sobre isso, porque é isso que é a nossa pratica. Se há coisa que os comunistas, os ecologistas, aqueles que participam na CDU, têm como prova e têm como demonstrar isso, é aquilo que prometem. Os compromisso que assumem", completou, dando como exemplo as autarquias locais, onde a CDU tem poder.

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