"Humilhante". Guardas prisionais com mesma proposta da GNR e PSP

5 meses atrás 103

Frederico Morais, dirigente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP), afirmou, esta sexta-feira, que a ministra da Justiça, Rita Júdice, apresentou "a mesma proposta" de suplemento de missão apresentada às restantes forças policiais, descrevendo-a como "humilhante". 

"A senhora ministra da Justiça fez a mesma proposta que fez aos nossos camaradas da GNR (Guarda Nacional Republicana) e da PSP (Polícia de Segurança Pública", afirmou o dirigente, em declarações aos jornalistas, no final da reunião com o Governo. 

"O que considerámos humilhante para o Corpo da Guarda Prisional. Uma proposta de 12% para a classe de comissários, 9% para chefias e 7% para a guarda prisional", acrescentou.

Segundo Frederico Morais, "há casos, concretos" em que ficam "a ganhar menos quatro euros do que" já ganhavam com os atuais suplementos e adiantou: "Não dá um euro por dia sequer para um guarda prisional". 

O responsável adiantou que a ministra da Justiça já marcou uma reunião para dia 8 de maio, pelas 18h00, e está pré-agendado outro encontro para dia 16.

"Há uma abertura da parte deles, não sabemos até onde vão", disse, referindo que o sindicato irá levar propostas "já no dia 8".

"Nunca aceitaremos menos de 15% do vencimento do diretor nacional da PSP", completou.

Recorde-se que guardas prisionais, funcionários judiciais e Ministério da Justiça voltaram hoje a sentar-se à mesa das negociações com os representantes das carreiras do setor.

A ministra da Justiça recebeu o Sindicato dos Oficiais de Justiça, o Sindicato dos Funcionários Judiciais e terá uma reunião conjunta com os três sindicatos representativos dos guardas prisionais: Associação Sindical de Chefias do Corpo da Guarda Prisional, Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional e Sindicato Independente do Corpo da Guarda Prisional.

Anteriormente, Frederico Morais havia dito à Lusa que as expectativas eram a de que a tutela apresentasse soluções para promoções e o suplemento de missão, que à semelhança das restantes forças policiais também reivindicam, e que entendem ser "a maneira mais célere de resolver a valorização salarial" neste momento.

Para o dirigente sindical, é inaceitável haver guardas prisionais com mais de 20 anos de serviço e que apenas progrediram dois níveis remuneratórios e citou Rita Júdice para afirmar que "é urgente e emergente resolver os problemas da guarda prisional".

Leia Também: "Dado mais surpreendente é que MP funcione como se ninguém mandasse nele"

Ler artigo completo