"Não peçam para governar com um Orçamento de um partido da oposição"

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O ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, comentou, esta segunda-feira, a possibilidade de a proposta de Orçamento do Estado para 2025 vir a ser chumbada, pedindo "maturidade política" ao Partido Socialista (PS), principal estrutura política da oposição.

"Não peçam ao Governo para, de repente, governar com um Orçamento de um partido da oposição. Isso não fará sentido", defendeu, em entrevista à SIC Notícias, admitindo, porém, fazer "cedências".

Pedro Duarte pediu "maturidade política, que é algo a que, infelizmente, nem sempre temos assistido por parte das oposições", bem como "espírito construtivo".

"Terá necessariamente de haver cedências de ambos os lados", admitiu, confessando ter "genuína esperança" que, "com o decorrer das semanas e dos meses", o PS "perceba que, enquanto maior partido da Oposição, não pode estar a competir com o Chega a ver quem berra mais alto e derruba primeiro o Governo".

O ministro dos Assuntos Parlamentares considerou, por outro lado, que o PS "tem de se posicionar de uma forma diferente, com sentido de responsabilidade, e perceber que pode dar um contributo positivo e construtivo ao Governo".

Pedro Duarte reiterou que, ao nível parlamentar, já foram levadas a cabo "conversações" e "discussão pública e à porta fechada" sobre "um conjunto muito diversificado de matérias que são muito importantes para o país". "O Governo tem tido imensa iniciativa a esse respeito. O inverso ainda não aconteceu, ainda não fomos convidados por ninguém para nada", criticou.

O ministro garantiu, por outro lado, que o Executivo vai "conversar com todos os partidos". O PS, "do ponto de vista quantitativo", tem "mais responsabilidades" por ter sido o segundo partido mais votado nas eleições legislativas de março, mas o Governo vai "agir de forma idêntica com todos", prometeu o líder da tutela.

A votação da proposta de Orçamento do Estado para 2025 será votada em outubro deste ano, avizinhando-se um momento de 'avaliação' do Governo da Aliança Democrática, que coligação que venceu as eleições de 10 de março, ainda que sem maioria absoluta.

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