"Não temos nenhuma fezada neste Governo, nem nas opções políticas"

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O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, disse, esta terça-feira, que não tem "nenhuma fezada neste Governo, nem nas opções políticas". Apesar de assumir que não tem "expectativas nenhumas", Raimundo garante não colocar em causa as pessoas que integram o Governo de Luís Montenegro. 

Paulo Raimundo garantiu que aquilo que conhece "do programa do PSD e do CDS é mais que suficiente para antevermos não só não esperamos nada, como aquilo que esperamos será tudo mau".

"Será tudo para acentuar aquilo que era negativo. Não vai resolver nenhum problema no acesso à saúde. Não vai resolver nenhum problema na questão dos salários, uma questão de fundo no combate à injustiça. Estas é que são as grandes questões que o povo exigiu mudança e que não vai ter mudança", disse Raimundo à imprensa numa exposição de Eduardo Gageiro, em Lisboa. 

Questionado sobre um possível acordo em determinadas matérias, Raimundo considerou que "o Governo vai entrar em pezinhos de lã e vai encontrar esta ou aquela medida pontual para dar este ou aquele sinal". Mas, para o PCP a questão de fundo passa pelo "aumento de injustiça", já que considera que o Governo não vai combater "a brutal desigualdade em que nós vivemos" nem "enfrentar a banca" ou a "precariedade". 

Sobre a formação do Governo, anunciada na semana passada, Raimundo diz que os novos ministros não o fizeram mudar de ideias quanto ao Executivo. "Não, não muda. A questão não é a pessoa A, B, ou C", reiterou, já que considera que o grande problema são as "opções políticas".

Recorde-se que o PCP já anunciou a intenção de apresentar uma moção de rejeição ao programa do Governo. 

O novo Governo toma hoje posse, numa cerimónia vai decorrer no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa.

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