"Não viabilizaremos um governo minoritário do PSD"

10 meses atrás 121

O candidato a secretário-geral do Partido Socialista (PS) Pedro Nuno Santos disse, esta quarta-feira, que, se vencer as eleições internas, não aceitará apoiar um governo minoritário do Partido Social-Democrata (PSD).

"Não viabilizaremos ou não estaremos a suportar no Parlamento um governo minoritário do PSD", disse Nuno Santos à RTP, sem excluir uma eventual reformulação da Geringonça, com o Bloco de Esquerda (BE) e com o Partido Comunista Português (PCP). Ainda assim, defende que estes são "são exercícios especulativos que não fazem sentido hoje", reiterou.

"Podemos achar que, num curto prazo de tempo, estamos a evitar o Chega no Governo, mas estamos ao mesmo tempo a dar condições para a válvula de escape, que o descontentamento continue a ter no Chega o seu refúgio", continuou Nuno Santos, sobre um eventual cenário em que, não apoiando um Governo minoritário social-democrata, o PSD possa recorrer a uma coligação com o partido de André Ventura para governar.

O antigo ministro das Infraestruturas defendeu, por isso, que "a melhor forma de garantirmos que o Chega não esteja no poder, é votando no PS".

Casos judiciais? Pedro Nuno Santos não comenta

Sobre a Operação Influencer, e também sobre a Operação Marquês, o candidato a líder socialista refutou tecer comentários, por se tratarem de casos que ainda correm na Justiça. 

"O PS não permanece em silêncio, há um processo em curso. Há matéria de Justiça e estamos mal, fazemos mal, quando a política começa a fazer julgamentos sobre a Justiça", considerou, deixando, no entanto, um comentário: a descoberta de 75.800 euros em numerário no gabinete de Vítor Escária, ex-chefe de gabinete de António Costa, é algo "inaceitável" e "incompreensível".

"Às vezes, é preciso tomar decisões difíceis"

Sobre o caso da TAP, Pedro Nuno Santos argumentou que "a reestruturação foi essencial para garantir que hoje temos uma empresa saudável a dar lucro".

"Às vezes, é preciso tormar decisões difíceis para salvar", disse, assegurando que a TAP, "se não fosse intervencionada e se não passasse por um processo de reestruturação, falia".

O antigo ministro das Infraestruturas foi ainda questionado sobre o pagamento de uma indemnização de 500 mil euros à antiga administradora Alexandra Reis, que terá aprovado através de uma mensagem de texto. "O processo de despedimento, do ponto de vista legal, e a justificação, era da responsabilidade da empresa. Aquilo que foi pedido à TAP foi informação que eu não tinha, qual era a fundamentação jurídica para o despedimento, que não tinha surgido do meu gabinete ou do Ministério das Infraestruturas", explicou.

Mais, Pedro Nuno Santos garantiu que, no momento em que lhe foi colocada a questão pelo seu Secretário de Estado, "se estivesse estado presencialmente" no ministério, "o assunto teria sido fechado em viva voz".

"O processo não estava a ser conduzido por mim. Tenho confiança na empresa. Não acompanhamos todos os temas e dossiês em detalhe. Um ministro tem muitos dossiês para acompanhar, não estava a acompanhar esse", continuou, quando confrontado com o porquê de, naquele momento, não ter pedido mais informações sobre a indemnização.

O agora candidato a secretário-geral do PS defendeu, também, que "há uma confiança perante a empresa" e quem trabalha em seu redor. "Foi nesse quadro que é dada uma resposta, uma anuência, política ao valor. É muito alto, mas decorre de salários dos administradores que são também muito altos", explicou.

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