"Os civis palestinianos estão a viver no inferno" na Faixa de Gaza

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A embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, disse que "os civis palestinianos estão a viver no inferno" na Faixa de Gaza.

No Conselho de Segurança da ONU, Thomas-Greenfield afirmou que "Israel deve tomar medidas imediatas adicionais para eliminar as barreiras à entrada de ajuda humanitária em grande escala" ao território, citada pela agência Al Jazeera.

"Embora tenhamos registado progressos, outros pedidos particularmente relacionados com equipamentos de comunicação que são vitais para a resolução de conflitos continuam por resolver", acrescentou.

A embaixadora dos EUA também expressou preocupação com os planos israelitas para criar novas unidades habitacionais na Cisjordânia ocupada. "A ação unilateral é inconsistente com a lei internacional e prejudicial a uma solução de dois estados", disse Thomas-Greenfield.

A embaixadora norte-americana junto da ONU saiu em defesa do papel de mediador que Washington tem desempenhado na procura por um cessar-fogo.

"Como este Conselho bem sabe, nada é fácil em relação a garantir a paz. E o progresso não é certamente tão rápido como todos desejaríamos que fosse. Vemos isso nas negociações em curso para um cessar-fogo imediato com a libertação de reféns em Gaza", observou a diplomata, enaltecendo a persistência dos Estados Unidos, do Qatar e do Egito neste processo.

Apesar de admitir a demora, Thomas-Greenfield referiu que as negociações estão a "caminhar na direção certa".

Momentos antes, também o secretário-geral da ONU, António Guterres, havia alertado para o risco de "danos irreparáveis" do avanço israelita na Cisjordânia ocupada, onde a própria geografia "está a ser constantemente alterada" por Israel.

"Os desenvolvimentos recentes estão a colocar em jogo qualquer perspetiva de uma solução de dois Estados [Israel e Palestina]. A geografia da Cisjordânia ocupada está a ser constantemente alterada através de medidas administrativas e legais israelitas", disse Guterres, num discurso que foi lido pelo seu chefe de gabinete, Earle Courtenay Rattray.

Ainda no debate de hoje na ONU, o embaixador israelita, Gilad Erdan, atribuiu ao Irão o principal papel de desestabilizador no Médio Oriente, país que acusou de ser "muito maior e mais poderoso que o Estado Islâmico e também está perto de ter armas nucleares".

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