"Prisioneiro político". Ex-ministro polaco em greve de fome após detenção

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O ex-ministro do Interior da Polónia e deputado do partido da Lei e Justiça (PiS) Mariusz Kaminski começou uma greve de fome após ter sido detido na residência oficial do presidente polaco Andrzej Duda, na noite de terça-feira. Na base da detenção esteve uma condenação por abuso de poder enquanto exercia funções no governo.

"Declaro que considero a minha condenação como um ato de vingança política", afirmou numa declaração, lida pelo seu antigo adjunto, Blazej Pobozy, em conferência de imprensa, esta quarta-feira.

"Como prisioneiro político, comecei uma greve de fome desde o primeiro dia da minha prisão", adiantou. 

Na nota, o ex-ministro exigiu a "libertação imediata da prisão de todos os membros da antiga gestão da Agência Polaca Anticorrupção abrangidos pelo ato de clemência emitido em 2015 pelo Presidente da República da Polónia".

Poseł PiS @Kaminski_M_ rozpoczął w więzieniu protest głodowy. #UwolnićWięźniówPolitycznych
Poniżej oświadczenie, jakie skierował do Ministra Sprawiedliwości Adama Bodnara pic.twitter.com/MpWpg0sM2r

— Prawo i Sprawiedliwość (@pisorgpl) January 10, 2024

Mariusz Kaminski e o seu então vice-ministro, Maciej Wasik, foram detidos pela polícia, após se terem refugiado na residência do presidente Andrzej Duda. Em causa esteve o facto de um tribunal ter negado os pedidos de suspensão dos processos judiciais que enfrentavam, para que pudessem manter a imunidade parlamentar e os seus assentos.

O ex-ministro foi condenado por abuso de poder durante o período em que chefiou a Agência Polaca Anticorrupção. Em 2015 foi perdoado por Duda, logo após o PiS ter assumido o poder.

No entanto, o Supremo Tribunal decidiu, no ano passado, que a sentença deveria ser revista e o ex-ministro foi novamente condenado e proibido de exercer cargos políticos durante cinco anos, algo que Kaminski recusou cumprir.

Após a polícia confirmar a existência de um mandado de detenção, o antigo governante acusou os agentes de entrarem em sua casa e "perturbarem a sua família", dirigindo-se depois ao palácio presidencial, acompanhado por Maciej Wasik.

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