"Soberania num único Estado". Grécia apoia reunificação do Chipre

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Numa declaração na casa presidencial de Nicósia, na República do Chipre -- a parte sul cipriota grega -, Kyriakos Mitsotakis acusou ainda a Turquia de levantar obstáculos a um compromisso de paz.

"O nosso objetivo continua a ser o mesmo: uma República do Chipre com soberania num único Estado, uma federação com duas zonas, duas comunas, sem um exército estrangeiro de ocupação, conforme estipulado nas resoluções da Organização das Nações Unidas", declarou o primeiro-ministro.

O presidente do Chipre, Nikos Jristodulidis, manifestou-se no mesmo tom: "A minha principal preocupação e prioridade é o fim da ocupação, a libertação e a reunificação do nosso país. Desejamos uma solução baseada nas resoluções da ONU".

A ilha de Chipre está dividida desde que a Turquia invadiu a sua parte norte, em 20 de julho de 1974, em resposta a um golpe de Estado dos nacionalistas cipriotas gregos que pretendiam anexar o país à Grécia.

Apesar de ser o único Estado reconhecido internacionalmente, a República de Chipre só exerce autoridade sobre a parte sul da ilha, que está separada por uma zona-tampão, controlada pela ONU, da autoproclamada República Turca do Norte de Chipre (RTNC), reconhecida apenas por Ancara.

As últimas negociações inter-cipriotas organizadas sob a égide das Nações Unidas para pôr fim à divisão da ilha mediterrânica desde 1974, na estância suíça de Crans-Montana, fracassaram em 2017.

Falando hoje na parte norte da ilha, controlada pela Turquia, no 50.º aniversário da invasão, o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, rejeitou a realização de novas negociações: "Acreditamos que uma solução federal não é possível em Chipre. Não há benefício para ninguém em prosseguir negociações como as que foram abandonadas na Suíça" em 2017.

Erdogan admitiu aceitar que "a parte cipriota turca se deve sentar com a parte cipriota grega em pé de igualdade" e só nesse formato está "pronto a negociar e a alcançar uma paz duradoura e uma solução".

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