"Tenho dúvidas de que se possa dizer que serviço privado substitui" o SNS

9 meses atrás 91

Manuel Pizarro voltou a salientar, esta manhã, que "ninguém será excluído de nenhuma lista" ou perderá o seu médico de família "sem ser contactado antes" e salientou que apesar do número crescente de doentes que prefere utilizar o serviço de saúde privado, este nunca substituirá o SNS.

O Jornal de Notícias avançou na quinta-feira que os centros de saúde estão a contactar milhares de utentes para completarem os seus dados no Registo Nacional de Utentes (RNU) e que quem não atualizar aqueles dados até o dia 31 passará para um registo transitório durante 90 dias e fica depois inativo, perdendo o médico de família em ambos os casos.

Em relação a esta situação, o ministro da Saúde admitiu que "as pessoas estão a ser ativamente contactadas", embora admita que possa "ter havido um ou outro contacto que não correu bem".

No entanto, nega que a medida penalize os utentes. "Não penaliza nada, procura espaço para que pessoas sem médico de família, que não tinham, passam a ter um médico de família atribuído", considerou, defendendo que "se houvesse médicos de família suficientes esta medida não era necessária".

"[Esta medida] procura aproveitar as disponibilidades dos Médicos de Família para pessoas que efetivamente têm necessidade de as utilizar", disse, lembrando que só mesmo as pessoas que deixaram de utilizar o serviço de saúde público, "por diversas razões", de forma definitiva é que ficarão sem médico de família.

De resto, lembrou que mesmo "uma pessoa saudável" tem, num espaço de cinco anos, necessidade de ir ao Médico de Família, nem que seja para levar uma vacina, estando por isso salvaguardado.

Questionado se o facto de haver utentes que não recorrem ao médico de família por terem seguros de saúde e preferirem ir ao privado, Pizarro disse ter "dúvidas de que se possa dizer que o serviço privado substitui o público".

Exemplo disso, defendeu, são dados de 2022, que indicam que foram marcadas 55 milhões de consultas nesse ano no serviço público, enquanto apenas 8,5 milhões foram registadas no serviço privado.

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