Raimundo diz que aumento do Complemento Solidário para Idosos foi "aquém das necessidades"

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O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, disse este domingo no Sobral de Monte Agraço que o aumento do Complemento Solidário para Idosos está "aquém das necessidades", defendendo um aumento das reformas e da gratuitidade dos medicamentos a todos os reformados.

O aumento do Complemento Solidário para Idosos (CSI) "foi um passinho aquém das necessidades", afirmou Paulo Raimundo, durante um almoço com cerca de meia centena de militantes e simpatizantes no Sobral de Monte Agraço, no distrito de Lisboa.

Para o líder comunista, "o Governo tinha condições para ir mais longe", atribuindo um CSI a 14 meses (em vez de 12) e a exclusão dos rendimentos do conjugue para a atribuição do apoio, à semelhança do que aconteceu com os rendimentos dos filhos.

O secretário-geral do PCP defendeu que a gratuitidade dos medicamentos para os beneficiários do CSI, abrangendo, segundo ele, 140 mil pessoas, deveria ser também alargada a todos os reformados, cerca de 2,5 milhões de pessoas.

"Ficam de fora mais de dois milhões de pessoas e uma parte delas tem necessidades brutais de acesso aos medicamentos e que, muitas vezes, não tendo o CSI, tem de optar entre comer ou aceder a medicamentos", disse.

"Isto não vai lá com o subsídio A ou B, mas com o aumento geral das reformas e das pensões", considerou Paulo Raimundo.

O secretário-geral lembrou que o PCP propôs um aumento mínimo de 70 euros nas reformas e pensões para este ano "para fazer face ao aumento brutal do custo de vida, quando, mais uma vez, o custo do cabaz alimentar voltou a subir".

Sobre as eleições europeias de 9 de junho, o líder comunista defendeu que há candidaturas que "querem falsificar o debate nestas eleições", em matérias relativas à integração na União Europeia e à escalada da guerra, "para evitar um debate sério e profundo sobre as consequências das opções da União Europeia nas nossas vidas e no nosso dia-a-dia e para evitar responsabilidades".

Paulo Raimundo pediu explicações de "como vão cortar 2,8 mil milhões de euros de despesa pública no próximo ano para satisfazer as novas regras orçamentais da União Europeia".

"É disto tudo que querem fugir para não assumir responsabilidades", afirmou o líder comunista.

As elevadas taxas de juro impostas pelo Banco Central Europeu e as "negociatas associadas às privatizações subscritas pela União Europeia", dando como exemplo a ANA - Aeroportos, são questões sobre as quais os comunistas querem esclarecimentos.

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