Reclusos ficaram trancados em celas durante incêndio em Nova Iorque

Reclusos na prisão de Rikers Island, em Nova Iorque, ficaram trancados nas suas celas durante quase meia hora, à medida que um incêndio se alastrava pelo estabelecimento prisional, um dos maiores dos Estados Unidos, em abril passado.

O incidente, recorde-se, feriu 20 pessoas, de acordo com um relatório divulgado sexta-feira por um agência de fiscalização independente, citado pela cadeia ABC News.

O abastecimento de água para o sistema de regadores da prisão estava, por sua vez, desligado há pelo menos um ano, concluiu a entidade, ligada à autarquia. Já os funcionários da prisão não terão realizado as auditorias de segurança contra incêndio semanais e mensais exigidas, também há pelo menos um ano.

O mesmo relatório concluiu, ainda, que o guarda designado àquela área, por orientação do seu supervisor, deixou de realizar patrulhas cerca de duas horas antes do início do incêndio, que começou numa unidade onde estão pessoas com condições médicas agudas.

"Descreve camadas e mais camadas de falhas evitáveis. É difícil imaginar qualquer instituição na nossa cidade onde falhas tão complexas e colossais na prevenção e contenção de um incêndio catastrófico não resultem numa responsabilização imediata por parte da liderança", escreveu a Legal Aid Society, um grupo que tem criticado as operações em Rikers, citado pela ABC.

Em comunicado, a associação argumentou que o relatório destacou "má gestão flagrante" e questionou a administração do estabelecimento prisional.

O incêndio aconteceu a 6 de abril e feriu 15 funcionários da prisão, bem como cinco reclusos. Foi necessária uma hora para extinguir as chamas.

Foi provocado por um recluso de 30 anos, com 'cadastro' de iniciar incêndios em prisões, de acordo com o relatório. O homem recorreu a baterias, fios de auriculares e um controlo remoto para iniciar o incêndio na sua cela, adicionando lenços de papel e roupas para alimentar as chamas.

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