Recuperado último corpo do naufrágio de veleiro britânico em Itália

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Mergulhadores resgataram hoje o último corpo das seis pessoas desaparecidas no naufrágio do iate do magnata britânico da tecnologia Mike Lynch ao largo da costa da Sicília, anunciou a guarda costeira italiana.

O único corpo que ainda não tinha sido recuperado era o da filha de Lynch, Hannah, 18 anos, segundo a agência francesa AFP.

Seis pessoas foram dadas como desaparecidas depois de ter sido encontrada a primeira vítima mortal na segunda-feira, o cozinheiro do navio, Recaldo Thomas.

A bordo do "Bayesian" seguiam 12 passageiros e 10 membros da tripulação.

As equipas de socorro conseguiram resgatar com vida 15 pessoas, entre as quais uma criança de apenas 1 ano de idade.

Além do cozinheiro, do proprietário do veleiro e da filha, morreram o presidente do banco Morgan Stanley International, Jonathan Bloomer, a esposa Judy, o advogado do empresário Chris Morvillo e a mulher Neda.

O veleiro de luxo encontra-se a uma profundidade de 50 metros ao largo de Porticiello, perto de Palermo, na ilha da Sicília.

Segundo a imprensa britânica, Lynch, conhecido como "Bill Gates britânico", tinha organizado o cruzeiro para festejar com a família, amigos e advogados a sua absolvição, em junho, num processo de fraude nos Estados Unidos.

O processo estava relacionado com a venda da empresa de `software` do magnata britânico à Hewlett-Packard em 2011.

O superiate de luxo de 56 metros, construído em 2008 pelo estaleiro italiano Perini Navi, afundou-se em poucos minutos ao amanhecer de segunda-feira, após a passagem de um tornado.

As autoridades italianas abriram uma investigação para determinar as causas precisas do acidente.

O comandante do "Bayesian", James Catfield, 51 anos, foi interrogado durante cerca de duas horas, para perceber como o iate naufragou em apenas alguns minutos, alegadamente ao ser atingido por uma tromba-d´água.

A velocidade do naufrágio e o facto de outras embarcações próximas não terem sido afetadas levantam questões, nomeadamente se a quilha pesada, que serve de contrapeso ao imponente mastro, estava baixada ou levantada.

O diretor executivo do The Italian Sea Group, que detém o fabricante do "Bayesian", disse à agência norte-americana AP na quinta-feira que superiates como este são "concebidos para serem inafundáveis".

"E é inafundável não só porque foi concebido desta forma, mas também porque é um veleiro e os veleiros são os mais seguros de sempre", disse Giovanni Costantino.

Acrescentou que "é óbvio que não devem embater violentamente nas rochas, desfazendo o casco, e não devem meter água", sugerindo que a segunda possibilidade era a mais provável neste caso.

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