Rede espanhola obteve mais 680.000€ com tráfico (e há ligação a Portugal)

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O Corpo Nacional de Polícia de Espanha anunciou, esta terça-feira, que deteve três pessoas e desmantelou, numa operação conjunta com a autoridade tributária espanhola, uma organização criminosa que terá obtido mais de 680 mil euros por meio de tráfico de droga. Os suspeitos compravam em Portugal os motores para as embarcações de alta potência, usadas na atividade criminosa. 

Os detidos, explica a polícia, "dissimulavam os fundos com a atividade de reparação e manutenção de embarcações náuticas, utilizando contas bancárias em Gibraltar, a partir das quais lavavam posteriormente o dinheiro em Espanha". 

Em comunicado, a autoridade explica que a atividade criminosa "consistia na aquisição de embarcações utilizadas para o tráfico de estupefacientes e na compra em Portugal de motores para embarcações de alta potência, tudo isto dissimulado pela atividade económica legal da empresa".

A investigação começou em 2022, quando estava a ser investigada a prática de um crime contra a saúde pública devido à apreensão, em junho desse ano, de 467 quilos de haxixe a bordo de um barco.

Nessa altura, "foi iniciada uma investigação por branqueamento de capitais relativamente aos membros desta organização criminosa". Ao longo das várias investigações, "foi analisado o património pessoal e empresarial dos detidos, bem como a sua situação financeira". No total, os agentes "investigaram 19 contas bancárias onde foram encontrados indícios suficientes para justificar a existência de um crime de branqueamento de capitais". 

"O dinheiro branqueado por esta organização criminosa e proveniente da atividade criminosa ascende a mais de 680.000 euros, dinheiro esse que foi utilizado para diversas aquisições de bens, principalmente no setor náutico, através da introdução de elevadas quantias em numerário de origem desconhecida no circuito financeiro legal", revela. 

A fase operacional da operação policial "culminou com a detenção de três pessoas e com a entrada e busca na sede da alegada empresa, cuja atividade principal era a reparação e manutenção de embarcações náuticas, localizada no polígono industrial de San Roque", em Cádis. 

Os suspeitos estão "acusados de branqueamento de capitais e de integrar uma organização criminosa, para além do crime contra a saúde pública pelo qual já tinham sido detidos" anteriormente. Foram ainda apreendidos "mais de 28.000 euros em dinheiro, dois computadores, um disco rígido e vários documentos".

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