Reféns mortos seguravam bandeira branca. Foram vistos como "terroristas"

5 meses atrás 68

Os três reféns mortos por engano pelas Forças de Defesa de Israel (IDF) seguravam uma bandeira branca improvisada, segundo adiantou este sábado um militar israelita. De acordo com o funcionário, o soldado responsável pelos assassinatos terá pensado que se travam de “terroristas”.

Citado pela Sky News, o responsável apontou que uma investigação preliminar apurou que as vítimas foram alvejadas contra as regras de combate de Israel.

Samer Talalka, de 22 anos, Yotam Haim, de 28 anos, e Alon Shamriz, de 26 anos, foram erroneamente identificados como uma ameaça, depois de terem surgido durante numa operação de resgate de reféns em Shujaiya, um bairro nos arredores da cidade de Gaza.

"Estão sem camisa e têm um pau com um pano branco. O soldado sente-se ameaçado e abre fogo. Declara que são terroristas, eles [IDF] abrem fogo, e dois são mortos imediatamente”, detalhou, acrescentando que os jovens tinham “escapado” ou sido “abandonados” pelo Hamas.

O terceiro refém ficou ferido e fugiu para um prédio próximo, onde gritou por socorro em hebraico.

Apesar das exigências de cessar-fogo por parte do comandante do batalhão, houve “outra explosão de fogo” contra o terceiro homem, que foi morto. Esta ação foi realizada contra as regras de combate de Israel, salientou.

Sublinhe-se ainda que, segundo o militar, os reféns foram mortos a alguns metros de um prédio onde estava escrito ‘SOS’.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, apresentou condolências às famílias dos três israelitas, tendo expressado “profunda tristeza” por esta “tragédia insuportável”.

“Juntamente com toda a nação de Israel, inclino a cabeça em profunda tristeza e lamento a queda de três dos nossos amados filhos que foram raptados. […] Esta é uma tragédia insuportável. Todo o Estado de Israel está de luto esta noite. O meu coração está com as famílias enlutadas neste momento difícil”, disse.

Duas das vítimas eram cidadãos israelitas sequestrados durante o ataque levado a cabo por elementos do grupo islamita Hamas ao kibutz de Kfar Aza, enquanto a terceira vítima era um beduíno israelita capturado perto do kibutz de Nir Am.

Depois do ataque surpresa do Hamas contra o território israelita, sob o nome 'Tempestade al-Aqsa', Israel bombardeou a partir do ar várias instalações daquele grupo armado na Faixa de Gaza, numa operação que denominou 'Espadas de Ferro'.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas, grupo considerado terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE), tendo acordado com a oposição a criação de um governo de emergência nacional e de um gabinete de guerra.

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