A Madeira e as Canárias tiveram uma variação real do Produto Interno Bruto (PIB), em 2022, de 14,2% e 9,7%, ficando acima das taxas dos seus países Espanha (+5,8%) e Portugal (+6,8%). Isto é explicado, em parte, pelo peso das atividades relacionadas com o turismo na economia, que continuaram a recuperação em 2022 dos efeitos provocados pela pandemia da Covid-19.
A Madeira e as Canárias foram as regiões ultraperiféricas que apresentaram as maiores taxas de variação real do Produto Interno Bruto (PIB), em 2022, com subidas de 14,2% e 9,7%, indicam os dados da Direção Regional de Estatística (DREM), que sublinha que são taxas superiores às dos seus países Espanha (+5,8%) e Portugal (+6,8%).
A DREM explica que isso se deve em parte ao peso das atividades relacionadas com o turismo na economia,
que continuaram a recuperação em 2022 dos efeitos provocados pela pandemia da Covid-19.
“A Guiana Francesa e a Reunião observaram as menores taxas de variação real do PIB, com +1,1% e +2,7%, respetivamente, enquanto a taxa verificada em França foi de +2,5%”, acrescentou a direção regional.
A DREM acrescentou que a estrutura produtiva das RUP é muito semelhante, com todas a terem um “forte peso” no sector do comércio e serviços, que varia dos 77,1% do Valor Acrescentando Bruto (VAB) na Guiana Francesa, aos 85% na Madeira.
“No sector da indústria (que inclui a construção), os Açores apresentam a menor percentagem (12%) e a Guiana Francesa, a maior (18,3%). Os Açores surgem com maior dimensão relativa no sector da agricultura e pesca (9,3%), muito acima da Guiana Francesa, onde este ramo de atividade representa 4,6% do VAB. Guadalupe é a região onde a
agricultura e pesca têm menos peso (1,7%), seguida da Madeira, Canárias e Reunião (as três igualmente posicionadas ligeiramente acima, nos 1,8%). Na Madeira, a indústria pesa 13,2% e o comércio e os serviços, 85%”, referem os dados da DREM.
A direção regional salientou que em 2022, as RUP, evidenciavam valores do Produto Interno Bruto per capita a preços correntes, em percentagem relativamente à média europeia, de diferentes dimensões, em que o expoente era observado na Madeira (79%), seguido dos Açores (71%), Martinica (70%), Canárias (68%), Guadalupe (66%) e ilha da Reunião (64%).
“Os valores mais baixos registaram-se na Guiana Francesa (40%) e em Maiote (30%). Este último valor, que representava a percentagem de PIB per capita mais baixa da Europa dos 27, pode ser explicado por fatores demográficos, uma vez que 44% da população de Maiote tinha menos de 15 anos, assim como registava a mais baixa idade mediana da Europa, com 18,1 anos”, explicou a DREM.
“Em termos de valores absolutos, todas as RUP tinham, em 2022, o Produto Interno Bruto per capita, em
paridades de poder de compra, inferior ao da UE (35,4 mil euros)”, destacou a DREM.
A direção regional acrescentou que todas as RUP tinham também valores abaixo do PIB per capita do seu Estado-membro, com exceção da Madeira (28,1 mil euros), cujo valor superava o de Portugal (27,9 mil euros).
“No caso das RUP francesas, a clivagem em relação ao PIB nacional é mais acentuada quando comparada com a diferença entre o PIB per capita das RUP portuguesas e a do seu respetivo Estado-membro”, acrescentou a direção regional.
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