Reino Unido volta ao crescimento com avanço de 0,2% em janeiro

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O ano fechou com duas contrações em termos trimestrais, o que significa uma recessão técnica, mas os dados de janeiro, embora ainda insuficientes, dão alguma esperança para o resto do ano. O consumo, com o retalho em destaque, foi o principal impulsionador desta melhoria.

O PIB britânico voltou a crescer em janeiro depois do recuo em dezembro e das contrações no final do ano, dando sinais de que pode inverter a situação de recessão técnica em que fechou 2023, isto na antecâmara de uma eleição difícil para o atual primeiro-ministro.

A economia do Reino Unido avançou 0,2% no primeiro mês do ano depois de ter contraído 0,1% em dezembro, dando sequência ao recuo de 0,3% no terceiro trimestre do ano passado. No último trimestre do ano, o PIB do país desceu 0,1%, deixando a economia britânica numa situação formal de recessão técnica, embora pouco profunda.

A recuperação do crescimento foi conseguida sobretudo à custa do retalho, que voltou a subir após uma leitura desapontante em dezembro, quando costuma avançar à boleia das compras natalícias. Também o sector da construção mostrou uma performance acima do esperado, dando alguma esperança para os valores do primeiro trimestre.

“Não devemos dar demasiada importância à leitura de apenas um mês, mas cremos que é consistente com a melhoria gradual na atividade que projetamos nos próximos meses”, escrevem os analistas do banco ING.

A economia britânica tem mostrado alguma volatilidade e pontos de fraqueza claros desde a pandemia, pressionada, primeiro, por dificuldades no mercado laboral e, depois, pela crise energética na Europa e pela subida da inflação. Com a pressão nos preços a recuar e os salários em alta (cresceram 5,6% em termos homólogos em janeiro), o consumo deve recuperar, dando algum alento para o resto do ano.

Outro ponto relevante prende-se com a transmissão da política monetária às famílias, que o banco ING estima ter chegado já a dois terços, em linha para atingir 80% no verão. O sinal mais evidente é a subida dos juros médios na habitação de 2% para 3,3%, isto numa altura em que o Banco de Inglaterra, à semelhança dos seus homólogos europeu e americano, já está de olhos postos em cortes das taxas mais para a frente no ano.

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