Renault 4 E-Tech. Símbolo de Liberdade

2 horas atrás 15

A Renault continua numa onda revivalista e apresentou o 4 E-Tech. Inspirado no carro lançado em 1961, o novo modelo vai estar disponível com motorizações elétricas de 120 e 150 cv. Chega a Portugal no segundo semestre de 2025

A primeira geração do Renault 4 foi um caso de sucesso com mais de oito milhões de unidades vendidas em 100 países, entre 1961 e 1994, com a designação 4 L (limousine por ter três vidros laterais). Foi um carro importante para a classe média na década de 60 e o modelo familiar por excelência. Era utilizado nas deslocações em cidade e tornou-se um símbolo de liberdade para as desejadas escapadelas de fim de semana. Foi também um carro que seduziu as mulheres, o que justificou o lançamento da versão Parisienne, em 1963. Poucos sabem, mas um Renault 4 modificado terminou o Paris-Dakar 1979 na segunda posição com os irmãos Marreau.

Por tudo isto, o Renault 4 tornou-se um ícone, e os ícones nunca desaparecem. O novo 4 E-Tech demorou três anos a ser desenvolvido e apresenta algumas características dos seus antecessores, nomeadamente um design moderno, capaz de seduzir as novas gerações, e habitáculo espaçoso, versátil e com alguma sofisticação. Tal como a primeira geração, tem uma identidade muito forte e promete fazer estragos no segmento B.

Do ponto de vista estético perdeu um pouco da espetacularidade do musculado concept car 4Ever Trophy, mas mesmo assim o resultado final é interessante. Isso é bem visível pelos faróis redondos à frente, terceiro vidro lateral, linha lateral descendente e rodas colocadas nos extremos da carroçaria. Na traseira, os faróis na vertical são uma cópia do primeiro modelo. Há outros detalhes que saltam à vista, caso da grelha iluminada – uma novidade mundial na indústria automóvel – do spoiler no prolongamento do tejadilho e das jantes de 18 polegadas com diferentes configurações. Destaque ainda para o teto em lona “Plein Sud”, que ocupa a quase totalidade do tejadilho. 

O modelo original foi o primeiro familiar da Renault com motor dianteiro, sem túnel de transmissão e com piso plano o que favorecia naturalmente a habitabilidade. O novo modelo respeita essa premissa. Com 4,14 m de comprimento e uma distância entre eixos superior à do Renault 5 (+ 8 cm), é suficientemente espaçoso para cinco pessoas. Merece igualmente destaque a funcionalidade e modularidade do interior capaz de se adaptar às necessidades do utilizador. A bagageira é das maiores do segmento (de 420 a 1.405 litros) e rebatendo os bancos é possível transportar objetos com 2,2 metros de comprimento, como, por exemplo, uma prancha de surf. O R4 está equipado com o sistema multimédia openR link com 50 aplicações.

Ágil e potente

O novo elemento tem por base a plataforma AmpR Small, usada também para o novo R5, onde é montado um motor elétrico com dois níveis de potência: 120 cv (90 kW) e bateria de 40 kWh e 150 cv (110 kW) com bateria de 52 kWh. A autonomia anunciada pela marca é de 300 km e 400 km, respetivamente. A título de curiosidade, o modelo de 1961 tinha um motor a gasolina de 747 cc com 27 cv e gastava 8,2 l/100 km.

O novo modelo recebe um eixo traseiro multilink, o que é raro nesta categoria, e sistema de controlo de tração Extended Grip para melhorar a agilidade e o comportamento, convém lembrar que este compacto vai ter motores com uma potência apreciável. Este carro dispõe de três níveis de travagem regenerativa, e a principal novidade é o E Pedal, que ajuda a parar o carro sem utilizar o travão, é o primeiro carro do segmento com este sistema. A segurança ativa e passiva é uma prioridade da Renault. Nesse sentido, o R4 E-Tech vem equipado com 26 sistemas avançados de ajuda à condução ADAS.

O R4 E-Tech vem reforçar a gama 100% elétrica, que começou em 2022 com o Megane, recebeu o Scenic em 2023 e o Renault 5 este ano. O ciclo fecha-se em 2026 com o renovado Twingo, que recupera a imagem do modelo original. O R4 vai ter três níveis de equipamento: Evolution, Techno e Iconic e um preço ligeiramente acima do Renault 5 E-Tech, que chega ao mercado nacional no final do ano a partir de 25.000 euros.

Ler artigo completo