Republicanos emitem recomendações criminais contra filho e irmão de Biden

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Os líderes republicanos dos comités de Supervisão e Responsabilidade, Judiciário e Modos e Meios da Câmara dos Representantes (câmara baixa) enviaram uma carta ao Departamento de Justiça recomendando a acusação de Hunter Biden e James Biden e acusando-os de fazerem um "esforço consciente" para minar a investigação desta câmara.

Um representante da equipa jurídica de Hunter Biden e um advogado de James Biden não responderam imediatamente aos pedidos de reação, noticiou a agência Associated Press (AP).

Hunter Biden, filho do presidente, criticou o inquérito de 'impeachment' (destituição) do Partido Republicano num depoimento a portas fechadas no Capitólio, em fevereiro, classificando-o como um "castelo de cartas" construído sobre mentiras.

James Biden testemunhou em privado no início deste ano que Joe Biden "nunca teve qualquer envolvimento" nas negócios de membros da família Biden.

Os encaminhamentos para o procurador-geral Merrick Garland e ao procurador especial David Weiss aumentam os desafios legais sobre Hunter Biden, que enfrenta agora um julgamento num tribunal federal em Delaware por três acusações criminais decorrentes da compra de uma arma em outubro de 2018.

O filho de Joe Biden, de 54 anos, foi acusado pelos procuradores de mentir a um comerciante de armas licenciado pelo governo federal, fazendo uma afirmação falsa no pedido, ao referir que não era consumidor de drogas e portando a arma ilegalmente por 11 dias.

No Congresso, os republicanos prosseguiram a sua ampla investigação sobre Hunter Biden, separada do caso federal, que tenta vincular o Presidente democrata aos negócios do seu filho.

Quer Hunter, quer James Biden tiveram entrevistas durante várias horas com congressistas, mesmo sem ter sido descobertas evidências que implicassem diretamente Joe Biden em qualquer delito.

Jason Smith, presidente do Comité de Modos e Meios da câmara baixa, sublinhou que o depoimento de denunciantes do IRS mostra que Hunter Biden mentiu ao Congresso pelo menos três vezes no seu depoimento de 28 de fevereiro.

"Acho que o Departamento de Justiça precisa de analisar isto e agir de acordo. Quando se mente ao Congresso, é uma violação grave da lei. É um crime", frisou o republicano.

"O filho do presidente não deve ser tratado de forma diferente de qualquer outro americano", insistiu.

As falsas declarações em questão, segundo os republicanos, incluem referências feitas por Hunter Biden sobre o cargo que ocupava numa entidade corporativa que recebia milhões de dólares de clientes estrangeiros.

O filho do presidente também "transmitiu um relato totalmente fictício" sobre mensagens de texto que trocou com um parceiro de negócios chinês, nas quais Hunter Biden alegadamente invocou a presença do seu pai com como parte de uma tática de negociação, de acordo com a investigação do Partido Republicano.

Há também um foco nas declarações de James Biden sobre se o presidente, enquanto cidadão comum, se reuniu com um ex-sócio de negócios da família Biden.

O Departamento de Justiça, que decidirá em última análise se aceitará as denúncias criminais, não comentou o caso até agora.

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