Respira, Estoril!

5 meses atrás 68

O Estoril foi letal nas poucas ocasiões de golo que criou, aproveitou a baixa intensidade ofensiva do Famalicão e conseguiu uma (muito) importante vitória por 1-0, que lhe permite estar cada vez mais perto do objetivo da manutenção.

A luta pela manutenção jogava-se na Linha de Cascais, com o Estoril a receber o Famalicão. Do lado canarinho, o treinador Vasco Seabra, privado de Tiago Araújo, promovia a titularidade de Wagner Pina, João Marques e Fabrício. Já do lado famalicense, Armando Evangelista colocava Mihaj e Aranda no lugar dos castigados Gustavo Sá e De Haas, além de Puma na ala.

A genica dos jovens

Ambas as equipas precisavam de pontos e o jogo começou animado, com Cádiz a obrigar Carné, com um remate de fora da área, a defesa apertada logo no primeiro minuto. O Famalicão entrou pressionante, com vontade de ter bola, e dificultou a primeira fase de construção do Estoril, o que lhe permitiu ter mais bola. Contudo, os famalicenses estavam algo dependentes das iniciativas individuais de Chiquinho e Puma nas alas - Aranda algo desaparecido no meio - e Cádiz foi sendo pouco servido, o que fez o seu ataque estagnar.

Estoril fez o 1-0 @Kapta+

O Estoril, por sua vez, foi tentando manter as habituais dinâmicas nas alas, mesmo sem Guitane, e coube a Fabrício tentar substituir o francês ao nível de movimentos e arrancadas - até pelas parecenças no pé esquerdo -, mas a diferença era notória e a equipa ia sentindo algumas dificuldades em potenciar os alas e dar vida ao seu ataque.

Acabou por ser o jovem centrocampista Mateus Fernandes quem deu vida aos canarinhos. Sempre a bom ritmo e a insistir nas permutas posicionais e diagonais para as salas, o médio emprestado pelo Sporting combinou bem na direita e, aos 34', cruzou com conta, peso e medida para o segundo poste, onde surgiu Rodrigo Gomes - outro dos mais atrevidos e intensos, mas pouco apoiado na esquerda - a finalizar bem, com a bola no ar, para o desejado golo inaugural. Estava feito o 1-0 e o Famalicão precisava de responder na 2ª parte.

Insistir vagarosamente

O Famalicão precisava de mostrar algo mais e voltou a entrar pressionante, com linhas mais subidas, o que, mais uma vez, dificultou a construção do Estoril e causou alguns erros. Numa dessas vezes, aos 55', Bernardo Vital perdeu a bola em zona proibida, na direita, e permitiu a Puma cruzar rasteiro para o coração da área. Cádiz tinha tudo para marcar, mas Carné fez uma defesa enorme.

Evangelista tentou mexer com a equipa @Catarina Morais / Kapta +

O Famalicão não conseguiu manter essa pressão, mas foi o suficiente para fazer descer as linhas do Estoril, que passou a apostar quase por completo na transição. Percebendo esse início de cansaço, Armando Evangelista tentou refrescar a equipa e fez entrar Sorriso - para lateral -, Filipe Soares e Limatta. Com a «autorização» do Estoril, o Famalicão assumiu as rédeas e foi jogando constantemente em ataque organizado, em busca de uma brecha para empatar o jogo.

Havia muito por jogar e tempo para o Famalicão tentar algo, mas os minhotos estavam com claras dificuldades em penetrar no último terço e ia-se restringindo ao perigo em algumas bolas paradas. O final de jogo foi disputado quase na totalidade no primeiro terço defensivo caseiro, mas o Famalicão nunca conseguiu realmente impor a devida intensidade com bola e o Estoril aproveitou para se defender devidamente e vencer por 1-0. Este resultado deixa o Estoril bastante mais próximo do objetivo da manutenção.

Ler artigo completo