Rita Matias admite apoio do Chega a eventual candidatura de Passos Coelho a Belém

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Entrevista Renascença

09 ago, 2024 - 06:00 • Tomás Anjinho Chagas

Deputada e dirigente do partido diz que antigo primeiro-ministro tem "muito mais bandeiras que se cruzam com o Chega" do que com o PSD. Rita Matias lamenta vitimização do Governo e rejeita responsabilidades em viabilizar Orçamento do Estado. A deputada responde à polémica nas redes sociais relacionada com Mbappé.

Entrevista a Rita Matias, deputada do Chega e líder da Juventude Chega
Ouça aqui a entrevista a Rita Matias, deputada do Chega e líder da Juventude Chega. Foto: José Sena Goulão/Lusa

Sem se comprometer em definitivo, a deputada Rita Matias admite o apoio do Chega a uma eventual candidatura de Pedro Passos Coelho à Presidência da República em 2026.

Em entrevista à Renascença, a líder da juventude do partido afirma que o antigo primeiro-ministro tem, hoje em dia, "muito mais bandeiras que se cruzam com o Chega" do que com o PSD.

Sobre si, coloca-se fora do leque de possíveis candidatos à Câmara de Lisboa em 2025 e diz que, "por agora", deve defender o distrito de Setúbal, pelo qual foi eleita nas últimas legislativas.

Rita Matias responde ainda sobre a polémica publicação que fez relacionada com o futebolista francês Kyllian Mbappé. Sobre as negociações para o Orçamento do Estado, diz que os portugueses não querem ir novamente a eleições, mas recusa chantagem do Governo de Luís Montenegro.

Estamos na pausa parlamentar, na rentrée política, o Orçamento do Estado vai ser o principal tema de debate e de preocupação política. O Chega tem a responsabilidade de viabilizar o documento?

Acho que essa, de facto, é agora a grande questão que o Chega tem que refletir internamente, em primeiro lugar, mas também tem que deixar claro que o Chega não tem responsabilidade absolutamente alguma e quem o definiu foi o PSD e o CDS, quando formaram um Governo, sabendo que era um Governo minoritário, e quiseram que o Chega ficasse fora da solução governativa. É importante afirmarmos isto para não cairmos numa posição quase de chantagem, porque parece-me que o governo tem algum interesse em criar aqui algum caos político, eventualmente até colocar-se numa posição de vítima.

Acha que o Governo está interessado em eleições antecipadas?

Eu creio que o Governo está interessado em eleições antecipadas e temos tido alguns sinais disto. Mais não seja, há duas semanas, víamos um ministro das Finanças sem conseguir dizer que não e que não afastava completamente esse cenário. Pode ser-lhes conveniente esse cenário agora, esse cenário não é de todo o que os portugueses querem. Acredito que os portugueses estão cansados de eleições, estão cansados também do atual cenário político, onde existem três forças políticas com muita força. De repente há negociações que não são esperadas, o PSD concede determinadas coisas ao PS, concede outras ao Chega. O Chega vota ao lado do PS, o PS concorda com o Chega, portanto, os portugueses também não compreendem o que é que se está a passar e, portanto, para os portugueses, novas eleições não é benéfico. Espero que cada um de nós saiba colocar o interesse dos portugueses primeiro, antes do interesse partidário.

Se o documento não for aprovado, há classes profissionais como os polícias ou os professores que não recebem os aumentos anunciados pelo Governo. O Chega está disposto a ser um dos responsáveis por isso?

O Chega quer ver essas classes profissionais justamente remuneradas e a solução que o Governo aponta, por exemplo, para as forças de segurança, não foi de todo justa. Nem as forças de segurança estão plenamente satisfeitas com aquilo que aconteceu e isso é importante ser dito, para que não fiquemos, uma vez mais, presos a qualquer tipo de chantagem e que no futuro possam dizer que o Chega traiu as forças de segurança, a classe profissional que mais abraçou ao longo dos últimos cinco anos.

O Chega não pode ficar numa posição de chantagem tal que cede noutras bandeiras igualmente importantes. É importante reconhecermos a importância social de algumas classes profissionais, sem dúvida. Os médicos, por exemplo, agora que temos um Serviço Nacional de Saúde completamente em rotura e incapaz de dar resposta às mulheres grávidas neste período de verão, que está a ser dramático. Também precisam de uma negociação e de um orçamento de Estado que contemple melhorias e que torne as suas carreiras verdadeiramente atrativas no SNS.

O Chega tem comparado constantemente este Governo da AD ao anterior Governo do PS. Ter António Costa ou Luís Montenegro como primeiro-ministro é igual?

(Riso) De todo. Acho que ainda há uma ligeira diferença entre o PS e o PSD. Prende-se no quê? Luís Montenegro parece-me que está a tentar apresentar medidas de cartaz. António Costa parecia mais confortável no poder, sabia que tinha um aparelho de Estado mais dominado. Esta pode ser uma dificuldade que o PSD vai enfrentando, perceber que em 28 anos, 20 terem sido sob liderança do Partido Socialista, há muito peso do PS, muito cartão cor-de-rosa por onde quer que tente mexer.

Por outro lado, o Luís Montenegro também me parece que ao longo dos últimos meses tentou jogar em todas as frentes possíveis com pequenos contributos, não com contributos de fundo, não com reformas estruturais, como o próprio prometeu na campanha, mas para dar sinais caso tivéssemos um cenário de eleições precipitadas. Para poder dizer aos portugueses: “estão a ver, eu tentei ir a tudo, eu tentei fazer tudo, mas não me deixaram”. Isso não é intelectualmente honesto, nem resolve os problemas dos portugueses e, às vezes, agrava-os. Para mim, o exemplo paradigmático disso é o programa de apoio à aquisição de casa dos jovens, que estava no nosso programa também.

A isenção de IMT e de impostos de selo. Não ajuda os jovens a arrancar?

Ajuda, quanto menos impostos tivermos na vida de um cidadão, contam com o Chega no apoio a essas medidas. A questão principal é que, mesmo com a garantia pública de apoio ao valor da entrada de uma casa, isto não vai colmatar a falha principal, que é a indisponibilidade de casas. Há poucas casas para o número de pessoas que desejam ter uma casa própria e permanente. Se nós estamos a estimular permanentemente a procura, estamos a colocar mais jovens no mercado, a dizer, jovens, procurem casas…

Acha que vai aumentar os preços?

Não sou eu que acho. Infelizmente são os especialistas que estão a dizer. Portanto, numa lógica de tentar acenar ao eleitorado jovem, e dizer que estamos aqui, podemos estar eventualmente a agravar este problema, que é um problema estrutural.

Não peço para que não se façam estas medidas, mas podiam ser acompanhadas de outras que já poderiam ter sido implementadas

O Chega é uma das vozes mais vocais contra a imigração em Portugal. Em relação ao tema da educação, acha que, por exemplo, uma boa medida seria proibir os estrangeiros de comprar casa em Portugal?

Essa medida parece-me um quase do Bloco de Esquerda. O Chega defendeu outras coisas, como o controlo em relação ao número de pessoas por metro quadrado para controlar a imigração massiva. Algo que aumenta a especulação imobiliária é termos 20 pessoas a comportarem os preços de T1 e T2 em Lisboa completamente inflacionados, porque o valor desse T1 e T2 dividido por 20 é muito mais fácil de ser pago do que por um casal jovem, ou do que por um jovem universitário.

Não sei se diríamos que os estrangeiros não podem comprar casa, porque isso parece-me do outro lado do espectro, e não é por aí o caminho, mas com uma regulamentação diferente poderíamos tocar no ponto que queremos que é, por um lado, uma emigração regulada, e por outro, colocar um termo a esta especulação mas de uma forma justa que não penalize também quem vem por bem. Nem todos os estrangeiros vêm por mal, para sobrecarregar ainda mais os serviços públicos que temos, há muitos que vêm para contribuir também. Estou a falar das pessoas que vêm criar empresas, postos de trabalho, se colocarmos o rótulo de estrangeiros, estamos a fechar a porta a eles também.

E aqueles que vêm ocupar postos de trabalho?

Também são necessários, há um conjunto de serviços e de indústrias e de setores que necessitam de mão de obra e que infelizmente os portugueses já não estão disponíveis para fazer e cumprir aquelas tarefas por um valor tão baixo. Temos de ser honestos em relação a isto. Por isto é que dizemos que temos de regular e criar um sistema de cotas. Até o peso pesado do PSD, Pedro Passos Coelho, falou nessa matéria, foi só pena não terem ouvido os recados que foram dados.

Deixe-me perguntar-lhe em relação a uma publicação que fez durante o Europeu de Futebol com uma fotografia do futebolista Mbappé e que tinha na legenda “França aos Franceses”. Acha que um filho de portugueses que tenha nascido em França não é francês?

Acima de tudo, uma palavra que hoje foi banida do espaço público é aculturação. Se abraçou a cultura, as tradições, tem respeito pela língua, pelas instituições, pode ser francês…

Não é o caso de Kyllian Mbappé?

Sou sincera, sou sportinguista, sou adepta de futebol, mas não sou hiper-conhecedora, portanto fiquei surpreendida quando percebi a origem familiar de Mbappé. Ao contrário de muitos racistas, que pelos vistos abundam na nossa sociedade, não foi pela sua tez de pele que eu não deduzi que ele fosse francês. Honestamente, o comentário era mesmo meramente em relação a uma publicação anterior, visto que num período de eleições, não só Mbappé, como outros jogadores da seleção francesa decidiram vir publicamente condenar o partido de Jordan Bardella, o Rassemblement National, com críticas muito diretas. Isso parece-me particularmente injusto porque quando estamos a representar a seleção nacional temos um dever de isenção, porque a seleção nacional é tanto dos franceses de direita como de esquerda.

Mas qual o porquê de a publicação estar relacionada com a nacionalidade?

Porque a primeira publicação que faço é uma partilha dessa sua declaração numa conferência de imprensa e falo da presença islâmica que vai crescendo cada vez mais e pergunto como é que Mbappé considera que esta agenda migratória consegue ser conciliada com uma comunidade LGBT, na qual, alegadamente, Mbappé até tinha algumas afinidades. Nesse dia, infelizmente, lesionou-se, teve um choque frontal com um colega, ficou aleijado de nariz e fiz isso num tom irónico.

Percebi que, infelizmente, não tenho tanto sentido de humor como achava. Obviamente os portugueses não acham que as minhas habilidades de humor são tão apreciáveis como outras habilidades e, portanto, fui mal interpretada e tentei vir a público várias vezes explicar. Longe de mim, querer insinuar o que quer que seja em relação à tez de pele de Mbappé. Não sabia, fiquei a aprender qual é que era a origem familiar de Mbappé, mas volto a frisar, para mim, é absolutamente desrespeitador, num período eleitoral, um jogador de futebol tentar influenciar e condicionar o resultado.

O Chega teve um resultado francamente abaixo daquele que pretendia nas últimas eleições europeias. O que é que acha que falhou?

Antes de mais, tivemos incapacidade de perceber que o eleitorado que o Chega conseguiu alcançar em março foi, sobretudo, um eleitorado abstencionista e um eleitorado abstencionista vota poucas vezes, só o faz quando se sente manifestamente mobilizado, e não sei se as eleições europeias eram as mais mobilizadoras. Houve uma falha, se calhar, nas expectativas, ao não termos percebido o tipo de eleitorado que estávamos agora a tentar alcançar.

E no candidato António Tânger Corrêa?

O candidato é um bom candidato, era o mais bem preparado do ponto de vista de carreira e de vida pessoal e profissional para estar no lugar onde está hoje. Já a fazer um papel interessante, é o vice-presidente da família política onde o Chega está agora, está a encetar uma série de negociações. Quem acompanhar o trabalho diário de António Tânger Corrêa percebe que era a pessoa certa para o lugar certo.

Muitas das vezes pode ter falhado a forma como foi percecionado e como as suas palavras foram retiradas do contexto. Essa crítica tem de ser feita, não internamente, mas externamente. E o que é que nós temos de fazer? Temos de continuar a apostar nas bandeiras fundamentais do Chega. Parece-me que ao longo do trabalho parlamentar, em simultâneo com uma campanha política, algumas das bandeiras possam ter ficado confusas para a opinião pública. Tivemos, estrategicamente ou não, a votação do IRS, em que as pessoas ficaram sem compreender. O governo teve uma boa capacidade de comunicação e de vitimização. Também acredito que nem todos os partidos disseram ao que vinham, o PS disse ao que vinha, mas o PSD fez uma campanha muito crítica ao socialismo e depois, de repente, após as eleições, é que diz que vai apoiar António Costa para a presidência do Conselho Europeu.

Se tivéssemos todos os dados em cima da mesa, se calhar o resultado poderia ter sido ligeiramente diferente, não digo significativamente diferente, porque acredito que a maioria do eleitorado não tenha saído de casa, porque não sabe o que é que está a acontecer em Bruxelas e não quer saber. Mas para o Chega fica também a lição de que os nossos parceiros políticos jogam um jogo político sujo, portanto nós temos de ser mais espertos.

Acha que este resultado das eleições europeias coloca pressão sobre a liderança de André Ventura para as próximas eleições autárquicas?

A liderança de André Ventura é incontestável, não o digo com nenhum espírito de culto ao líder. É bom estar num partido completamente pacificado nessa matéria. André Ventura é um gênio político, é o maior animal político que existe na arena político-partidária em Portugal, não consigo nomear outro. Que outro nome é que, em cinco anos, conseguiu fundar um partido e romper com tudo, sabendo que está contra tudo e contra todos. Contra uma comunicação social que não compreende as suas palavras ou que não quer compreender, contra um conjunto de partidos políticos que bloqueiam permanentemente a sua atuação e tentam desvirtuar as suas mensagens, contra um presidente da Assembleia da República - como chegámos a ter com Ferro Rodrigues e Augusto Santos Silva. A liderança de André Ventura é incontestável e o partido está muito pacificado em relação a isso.

O partido nunca foi um partido de um homem só, mas cada vez mais é um partido que não é de um homem só. Com esta dimensão temos de trabalhar mais. Não falo de André Ventura, que está agora no seu legítimo descanso, que se farta de trabalhar. Falta o resto das estruturas irem acompanhando o tamanho do seu líder, isso digo sem sombra de dúvida.

O Chega vai definir, como costuma definir, um resultado alto e ambicioso. Acha que vão conquistar autarquias no próximo ano?

O cenário das eleições legislativas pode fazer-nos sonhar com isso. Na dimensão autárquica vale muito a proximidade que o candidato tem com a sua região, com o seu conselho…

E mobiliza mais…

Mobiliza mais e os candidatos que nós escolhermos também poderão mobilizar mais ou menos. Constituímos agora a nossa Comissão Autárquica Nacional, é um momento de novas caras, novos rostos e temos esta comissão permanentemente a trabalhar na sede nacional. Nestas eleições sim, podemos sonhar ir mais longe. Temos zonas do país onde se sai à rua e respira-se Chega, no Algarve, Alentejo, Santarém. Resta-nos saber ter bons candidatos, estar bem preparados e não nos deixarmos condicionar por resultados eleitorais anteriores. São jogos completamente diferentes.

Precisamente sobre isso, em Lisboa, por exemplo, acha que deviam ter um candidato mais mediático? Acha que a Rita Matias seria uma boa candidata?

Não, acho que André Ventura terá outros nomes mais interessantes. Sei que o partido tem também objetivos de mostrar outros nomes que não estejam necessariamente associados ao Chega, vai ser um período de surpresas, de mostrarmos um partido grande. Tudo está em cima da mesa, o trabalho principal é dotar as nossas bases de capacidade de preparar uma campanha, de apresentar programas autárquicos locais com medidas concretas que satisfaçam as necessidades dos fregueses ou dos munícipes. Este é o nosso foco, quanto a candidatos virão mais tarde, não passará por aqui.

Não está a pensar em ser candidata nas autárquicas?

Eu tenho a postura que tenho em todas as eleições. André Ventura tem o meu currículo, tem o meu número de telemóvel e, acima de tudo, tem a minha amizade e sabe que conta comigo em qualquer desafio. Por agora, sou cabeça de lista no Distrito de Setúbal, é com o Setúbal que está o meu compromisso. Por agora parece-me que faz mais sentido continuar a apoiar o distrito que me elegeu, mas estou aberta ao partido e o partido sabe que estou aberta ao serviço.

E para as presidenciais, vê-se ser a cara da candidatura do Chega em 2026?

Não, de todo, até porque temos dados muito positivos, tivemos uma sondagem na semana passada que colocava André Ventura como o terceiro nome apontado para as presidenciais. Temos também um dado interessante, Pedro Passos Coelho, que surge como segunda opção, com isto não estou a comprometer qualquer apoio do partido Chega…

Mas acha que era possível?

Eu acho que Pedro Passos Coelho tem muitas bandeiras que se cruzam com o Chega e que tem muito mais bandeiras que se cruzam com o Chega do que o atual PSD, que quer acenar a todos os cenários. Repare, o Partido Social Democrata, atualmente, tem ministros completamente wokes que podiam ser do PS e tem ministros completamente conservadores que podiam ser do Chega. Tentam jogar em todo o espectro político, mas infelizmente não dá para estarmos em todo o espectro político e há que saber perceber quais é que são as bandeiras que agora estão a galvanizar em toda a Europa e em todo o mundo. O PSD quer dar uma no cravo e uma na ferradura.

Acredito que Pedro Passos Coelho tem mais lugar nas ideias do Chega do que no atual PSD. Com isto não estou a comprometer nenhum apoio, como dizíamos e como André Ventura tem dito. André Ventura está concentrado em chegar ao Governo de Portugal, o Chega quer que o próximo Governo português tenha o carimbo do Chega e, portanto, esse é o nosso foco.

E para as presidenciais, vê-se ser a cara da candidatura do Chega em 2026?

Não, de todo, até porque temos dados muito positivos, tivemos uma sondagem na semana passada que colocava André Ventura como o terceiro nome apontado para as presidenciais. Temos também um dado interessante, Pedro Passos Coelho, que surge como segunda opção, com isto não estou a comprometer qualquer apoio do partido Chega…

Mas acha que era possível?

Eu acho que Pedro Passos Coelho tem muitas bandeiras que se cruzam com o Chega e que tem muito mais bandeiras que se cruzam com o Chega do que o atual PSD, que quer acenar a todos os cenários. Repare, o Partido Social Democrata, atualmente, tem ministros completamente wokes que podiam ser do PS e tem ministros completamente conservadores que podiam ser do Chega. Tentam jogar em todo o espectro político, mas infelizmente não dá para estarmos em todo o espectro político e há que saber perceber quais é que são as bandeiras que agora estão a galvanizar em toda a Europa e em todo o mundo. O PSD quer dar uma no cravo e uma na ferradura.

Acredito que Pedro Passos Coelho tem mais lugar nas ideias do Chega do que no atual PSD. Com isto não estou a comprometer nenhum apoio, como dizíamos e como André Ventura tem dito. André Ventura está concentrado em chegar ao Governo de Portugal, o Chega quer que o próximo Governo português tenha o carimbo do Chega e, portanto, esse é o nosso foco.

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