Rockets disparados do Líbano fazem 10 mortos em território ocupado por Israel

10 pessoas, incluindo crianças, morreram este sábado num ataque com "rockets" disparados do Líbano contra um campo de futebol na região dos Montes Golã, anexados por Israel. Segundo as autoridades israelitas, 34 pessoas ficaram feridas.

Segundo Eli Bin, diretor-geral do Magen David Adom (MDA) - o equivalente israelita da Cruz Vermelha - 17 dos 34 feridos no ataque à cidade de Majdal Shams encontram-se em estado crítico, e 10 dos quais são crianças.

O exército israelita acusou o Hezbollah de ser responsável pelos ataques. O grupo rejeitou as acusações, afirmando não ter "qualquer ligação com o incidente" e negando "categoricamente todas as falsas alegações".

Israel avisou estar a preparar uma resposta ao ataque, que é o mais mortífero em território israelita, ou ocupado por israelitas, desde o início do conflito na Faixa de Gaza. Israel e o Hezbollah têm trocado ataques em áreas da fronteira entre o Líbano e Israel, provocando receios constantes de uma escala para um conflito mais alargado.

Majdal Shams, a cidade alvo do ataque, fica na fronteira entre o norte de Israel, sul do Líbano e a Jordânia. Israel ocupa o território dos Montes Golã desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967, tendo aprovado em 1981 um lei que formaliza a anexação de dois terços do território - terço mais a leste pertence à Síria.

Segundo Israel, foram enviados para Majdal Shams helicópteros, ambulâncias e unidades móveis de cuidados intensivos.

"Chegámos a um campo de futebol e vimos destruição e objetos em chamas. Os feridos estavam deitados na relva", declarou o socorrista Idan Avshalom, citado num comunicado divulgado pelo MDA.

"Agentes e especialistas em desativação de bombas da polícia do distrito do norte estão atualmente a proteger a área para evitar qualquer risco adicional para o público", afirmou a polícia num comunicado separado.

O ataque com rockets ocorreu depois de uma fonte de segurança libanesa ter anunciado que quatro combatentes do movimento islâmico libanês Hezbollah, apoiado pelo Irão, tinham sido mortos por um ataque israelita no sul do Líbano.

O Hezbollah afirma que os seus ataques contra Israel têm por objetivo apoiar o seu aliado Hamas e os palestinianos na Faixa de Gaza.