Rússia apela ao aprofundamento político e cooperação com América Latina

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O chefe da diplomacia russa sublinhou o interesse de Moscovo em "continuar a desenvolver o diálogo político bilateral e multilateral e a aumentar a cooperação económica, comercial e de investimento" com a América Latina e as Caraíbas, indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia num comunicado.

Lavrov apelou igualmente à continuação da cooperação nos domínios da cultura, educação e relações humanitárias "numa base pragmática e não ideológica, tendo em conta os interesses nacionais, a igualdade de direitos e o benefício mútuo".

Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, durante a reunião "houve uma troca de pontos de vista sobre uma vasta gama de questões internacionais", como os "vários aspetos das mudanças que estão a ocorrer na ordem mundial e que estão a levar ao fortalecimento da sua estrutura multipolar, na qual a região da América Latina desempenha um papel importante".

Com o encontro, Moscovo pretende marcar um contraste com as relações com a diplomacia ocidental, e sobretudo europeia, que acusa de "ingerência" nos assuntos internos do país e censura por se recusar a dialogar.

No início de março, a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, criticou os embaixadores europeus acreditados em Moscovo por se recusarem a participar numa reunião semelhante à que Lavrov convocou para hoje.

Zakharova criticou a decisão dos diplomatas e questionou sobre o que estão a fazer em território russo "se não estão a cumprir a sua função principal".

As críticas de Moscovo à diplomacia europeia tornaram-se mais amargas depois de os embaixadores ocidentais terem assistido ao funeral do líder da oposição russa, Alexei Navalny, que morreu na prisão em meados de fevereiro e cujas circunstâncias da morte foram alvo de um pedido de investigação feito por várias dezenas de países.

Em resposta, o vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, conhecido por uma linguagem obscena nas redes sociais, apelou à "expulsão" dos embaixadores que recusaram o convite de Lavrov.

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