Rússia classifica grupo de mulheres de soldados "agentes estrangeiros"

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O rótulo como "agente estrangeiro", reminiscente do "inimigo do povo" da era soviética, é utilizado pelas autoridades russas para suprimir vozes críticas.

O Ministério da Justiça incluiu hoje no registo de "agentes estrangeiros" o movimento "Put domoï" (o caminho de regresso), que organizou pequenas reuniões de mulheres a exigir o regresso dos maridos da frente de combate.

O Governo russo defendeu que este movimento procurou criar uma "imagem negativa" da Rússia e do Exército russo, e apelou a manifestações ilegais.

Também Ekaterina Dountsova, uma antiga autoridade local eleita que tentou apresentar a sua candidatura às eleições presidenciais de março foi incluída nesta lista.

Dountsova defendia na sua campanha o fim da invasão russa da Ucrânia, mas viu a sua candidatura ser recusada.

No registo de agentes estrangeiros também consta agora o meio de comunicação 'online' independente Sota, acusado de ter criticado a ofensiva na Ucrânia.

A classificação de agentes estrangeiros exige processos administrativos penosos e identificação, inclusive nas redes sociais, sob pena de multa.

A lei sobre "agentes estrangeiros" foi endurecida em 2022, acrescentando novas proibições.

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