«Samu oferece coisas diferentes, mas em dados momentos não está totalmente identificado»

2 horas atrás 18

Declarações do treinador do FC Porto, Vítor Bruno, na sala de imprensa do Estádio D. Afonso Henriques, após a vitória por 3-0 ante o V. Guimarães, em jogo da 6.ª jornada da Liga:

«Em relação ao jogo em si, uma vitória justa, inequívoca. Uma primeira parte segura, disciplinados com bola, era importante não dar azo a que o Vitória fizesse o que gosta, sair em transição. Sempre bem arrumados no campo, a fazer desgastar os médios do Vitória. A primeira linha de pressão do Nuno Santos e o Nélson Oliveira, obrigá-los a viajar muitas vezes a um lado e a outro e encontrar espaços nas costas da primeira linha de pressão, para depois ferir e atacar a última linha do Vitória. Os primeiros 60 metros foram bem conseguidos, mas o campo tem 100 e faltavam 40.»

«Na segunda parte falámos disso, ter mais intencionalidade no nosso jogo, fizemo-lo bem, mais acutilantes, mais ousados, mais verticais e se calhar também é fruto do que o Vitória teve de correr na primeira parte. O jogo obedece a um plano, tentamos cumpri-lo na íntegra. Penso que os jogadores estiveram irrepreensíveis.»

«Em relação aos laterais, às vezes em pequenos diálogos com eles dá para fazê-los, muitas vezes, soltar as amarras. Optámos por sair com uma construção a três com o Francisco Moura na primeira parte e ao intervalo percebemos que o Vitória estava a começar, na parte final, a sentir-se confortável com um terceiro homem a saltar na pressão. Começámos a ficar previsíveis com bola, na segunda parte procurámos tirar referenciais de pressão ao Vitória, fazendo o Moura saltar para um espaço diferente, era importante o Moura soltar-se. Fizemo-lo bem, atacámos mais a última linha e a vitória parece-me inteiramente justa.»

[Samu:] «O Samu é grande, mesmo pela sua dimensão física, às vezes deu-me a entender até que na primeira parte, um jogador que é tão robusto do ponto de vista físico acaba por ser menos protegido do que qualquer outro jogador, tudo o que eram contactos com ele eram assinalados. O Samu oferece coisas diferentes dos outros avançados. Eu já disse: conto com todos. O Danny oferece coisas diferentes. Percebe-se em dados momentos que o Samu não está totalmente identificado com o jogo da equipa, às vezes a desconectar-se um bocadinho, a linguagem corporal que os colegas lhe dão não é bem entendida por ele, vai aos poucos começar a criar esse tipo de ligação com quem o pode alimentar.»

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