Santander Totta com lucros de 894,6 milhões em 2023. CEO diz que banco pagou ao Estado 583 milhões

7 meses atrás 100

O Santander Totta registou lucros de 894,6 milhões em 2023 a subirem 57,3% face a 2022. O que traduz uma rentabilidade de 23,4%. A margem financeira disparou 90,5% para 1.491 milhões de euros, devido à conjuntura de rápida subida dos juros pelo BCE. 

O Santander Totta registou lucros de 894,6 milhões em 2023 a subirem 57,3% face a 2022. O que traduz uma rentabilidade de 23,4%. A margem financeira disparou 90,5% para 1.491 milhões de euros, devido à conjuntura de rápida subida dos juros pelo BCE.

O produto bancário cresceu 53,2% e atingiu quase os 2.000 milhões de euros (1.928,5 milhões).

O  rácio de sinistralidade (o rácio de NPL) fixou-se em 1,7%. O rácio de capital CET 1 fixou-se em 16,9%.

Pedro Castro e Almeida, CEO do banco, elogiou a importância da rentabilidade da banca para a economia do país.

O ano de 2023 foi histórico no número de clientes ativos, atingiu os 70 mil clientes ativos, o que é três ou quatro vezes o que foi atingido nos últimos anos. O banco tem 63 mil clientes digitais. Os números foram dados pelo CEO do banco.

Os resultados dos bancos devem-se à subida da rápida taxas de juros, depois uma década de taxas negativas, “tivemos muito rápida subida das taxas de juro do ativo (crédito) e um aumento gradual da taxas de passivo (depósitos)”.

As taxas subiram muito rapidamente e o malparado não subiu por causa do pleno emprego, e não foi só por causa da poupança Covid, disse o CEO que explicou ainda que as provisões são subiram significativamente porque o malparado não subiu expressivamente.

“Apesar de todos os diplomas que o Governo foi publicando, as soluções que os bancos vieram pondo cá fora ajudaram a travar a subida do malparado, que seria expectável pela redução do rendimento disponível”, disse o CEO do Banco Santander Totta. Foram renegociados ao todo 55 mil contratos de crédito  à habitação dos quais apenas, 7.500 foram ao abrigo do Decreto-Lei do Governo, e o resto foram negociações bilaterais em termos  de preço e de prazo.

Na bonificação foram 17 mil os contratos abrangidos.

Já sobre os créditos que conseguiram ser elegíveis para a fixação dos juros, atingiram os 3.000 contratos.

Pedro Castro disse que os bancos conseguiram em 2023 ter a rentabilidade acima do custo de capital em 15 anos. “A base capital é alta, são 36 mil milhões euros que é metade do capital das grandes empresas em Portugal, logo a banca tem mais resultados”, disse o CEO citando Vítor Bento, presidente da Associação Portuguesa de Bancos.

“Se formos ver a rentabilidade deste sector é a quarta pior em 20 sectores desde 2015.

Sobre o futuro, Pedro Castro e Almeida revelou que as taxas euribor a 3 meses, no final do ano estará em 2,5% e em 2025 decscerá parea 2,12%. Por isso, disse, “no primeiro trimestre vamos ter boa rentabilidade, no semestre teremos uma s rentabilidade razoavel, mas vamos ter um desafio a partir do segundo semestre em termos de rentabilidade dos bancos”.

Pedro Castro e Almeida começou por destacar que o banco em Portugal pagou no ano passado 431 milhões de IRC, o que é cerca de 5% da receita de IRC do país.

“Somos a empresa privada que paga mais IRC em Portugal”, disse o CEO que acrescentou que a somar a este valor temos contribuição extraordinária e o adicional de solidariedade eleva-se a 469 milhões de euros.

“A banca não deduz IVA, ao contrário dos outros sectores, e por isso o banco pagou mais 56 milhões que deu ao OE em 2023.

“Se incluirmos IMI, IMT, IRS dos clientes, imposto de selo, e segurança social, mais os encargos para o Fundo de Resolução nacional, são 23 milhões, pagamos ao Estado 583 milhões, o que corresponde a uma taxa efetiva de 45%, ou seja, por cada um um euro que geramos quase 45 cêntimos entregamos ao Estado português”, disse,

O CEO disse ainda que os impostos entregues por conta de terceiros (incluindo clientes) elevam-se a 900 milhões.

Também “devemos estar entre as três fundações que mais investe”.

Sobre 2024, disse que “tivemos no ano passado um ano fora de comum e nos próximos 3 amos será mais desafiante”. Pedro Castro e Almeida referiu que a economia não cresce há um ano e meio, e por isso os volumes de credito serão mais reduzidos, sendo que há pressão no depósitos, o que leva a uma compressão de margem financeira.

“Vamos ter uma rentabilidade na Europa próximo do custo de capital”, acrescenta.

Sobre o grupo Santander, a Europa pes 25% dos resultados do grupo vai a caminho de pesar 50%”, disse.

Sobre as pessoas revelou que o banco em Portugal contratou 400 pessoas com media 31 anos

“Perdemos 200 mil jovens no país o que teve um custo de 1,9 mil milhões custo estimado tendo em conta o que investimos”, revelou.

O salario mínimo no Santander é de 1.400  euros a que acrescenta o subsídio de almoço somando 1.600. Isto tem custo superior a 2.000 euros, dos quais mais de 700 euros é para o Estado, o que dá a medida da elevada fiscalidade, acrescentou.

O banqueiro voltou a dizer que espera que Portugal cresça nos próximos três anos.

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