Satisfação no emprego: conhece estes seis tipos de trabalhadores?

9 meses atrás 86

Sabia que existem seis tipos de trabalhadores, segundo o seu nível de satisfação e empenho? Fique a conhecer esta classificação.

A falta de empenho dos trabalhadores e mesmo as situações de atrito são fonte de instabilidade numa empresa. Mais do que isso, causam danos à produtividade e, no final, têm muitos custos para as organizações. Mas como lidamos com isso? Tratamos todos por igual ou temos em conta os vários tipos de trabalhadores?

Na verdade, nem todos manifestam níveis semelhantes de envolvimento, empenho, satisfação ou bem-estar. Tendo em conta estes fatores, um estudo da McKinsey identificou seis tipos de trabalhadores. Oscilam entre os altamente insatisfeitos e ativamente distanciados e, no extremo oposto do espetro, os altamente envolvidos. Estes não só têm um elevado desempenho, como também contagiam as pessoas à sua volta.

Os seis tipos de trabalhadores

O estudo da McKinsey indica, então, que existem seis tipos de trabalhadores segundo o seu nível de satisfação no emprego e de empenho. Para fazer esta classificação, a consultora olhou para 12 fatores, que vão desde a ligação geográfica à falta de flexibilidade no local de trabalho. No entanto, há seis desses fatores que se mostram mais críticos, por exemplo, a remuneração, a progressão na carreira e o ambiente inseguro.

Legenda: Os seis arquétipos de trabalhadores segundo o espetro de satisfação, de acordo com o estudo da McKinsey

Os desistentes

No grau mais baixo do espetro da satisfação estão os que já desistiram e estão à beira da saída (quitters, na expressão em inglês). Uma situação que até pode acontecer com trabalhadores altamente qualificados que não se sentem valorizados e estão à procura de alternativas. De acordo com o estudo da McKinsey, estima-se que 10% dos efetivos numa típica organização seja este tipo de trabalhadores.

Os disruptores

Quase tão insatisfeitos e afastados como os quitters, estão os disruptores (disruptors na designação em inglês). No entanto, estes permanecem na organização ou optam por uma estratégia de quiet quitting. Assim sendo, são chamados de “vampiros da produtividade e da energia”, já que sugam a motivação à sua volta, criando instabilidade. Por regra, representam 11% dos trabalhadores.

Os ligeiramente desligados

Referidos no estudo como os mildly disengaged, revelam níveis de compromisso e de desempenho abaixo da média. Embora não estejam satisfeitos, não têm uma conduta prejudicial para a empresa. Cumprem os mínimos necessários no decurso da jornada de trabalho, mas não revelam proatividade. Como tal, o seu comportamento não aporta valor para a organização.

Trata-se do tipo de trabalhadores com maior predominância nas empresas, rondando os 32%, conforme explica o estudo da McKinsey.

Os double-dippers

Estes tipos de trabalhadores são um novo fenómeno nas empresas. Trabalham a tempo inteiro, mas acumulam outros trabalhos, muito provavelmente sem o conhecimento da organização. São igualmente conhecidos como “politrabalhadores”.

Contudo, isso pode não constituir um fator negativo para a produtividade, já que há comportamentos distintos neste grupo. Uns estão envolvidos e a contribuir positivamente para a empresa, enquanto outros estão mais à margem da equipa.

Pela sua particularidade, representam uma pequena fatia do coletivo, apenas cerca de 5%.

Os fiáveis e comprometidos

Designados por reliable and committed na expressão em inglês, representam os tipos de trabalhadores que já se colocam no prato positivo da balança e, de facto, são o core do coletivo das empresas. Estima-se que representem 38% do efetivo. Desempenham as atividades mais habituais e estão satisfeitos e comprometidos. Mais, encontram-se disponíveis para ir além do esperado. Por exemplo, voluntariam-se para fazer trabalho extra e dão ideias.

As estrelas em ascensão

Finalmente, no topo do talento, empenho e motivação estão as chamadas thriving stars.

Fazem parte do grupo raro que aporta um grande valor para a organização. O seu envolvimento é tal que revelam grandes níveis de satisfação e de desempenho, criando um círculo virtuoso. Sendo assim, contagiam positivamente todos à sua volta, promovendo boas relações de trabalho. Mais raros, estes tipos de trabalhadores representam apenas 4% do efetivo.

Fácil é, pois, perceber que quanto mais elevado é o nível de satisfação e a motivação para trabalhar, melhor é o desempenho e bem-estar que os trabalhadores revelam. O contrário também acontece: quanto menor é o nível de satisfação e de empenho, pior é o desempenho e bem-estar.

O objetivo é ir movendo o maior número possível de trabalhadores em direção ao grupo dos mais envolvidos e comprometidos. Para tal, é certamente necessário que as organizações avaliem alguns dos fatores indicados pela McKinsey. Não sendo uma tarefa fácil, é um desafio incontornável nas empresas.

Este artigo é da autoria da Gi Group Holding.

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