O Circuito do Estoril prepara-se para receber a penúltima ronda da temporada 2024 do Mundial Superbike. Em pista teremos quatro competições diferentes: Superbike (SBK), Supersport (SSP), Mundial Feminino (WCR) e ainda Taça do Mundo R3.
Para os fãs que vão marcar presença no traçado luso, esta será uma oportunidade única, pois para além das grandes corridas que habitualmente os pilotos destas categorias do Mundial SBK nos oferecem, teremos todos os títulos mundiais em discussão e com possibilidade de ficarem decididos no Circuito do Estoril!
Na classe principal Superbike, o piloto turco Toprak Razgatlioglu (ROKiT BMW Motorrad WorldSBK), depois de um período de ausência devido a uma grave lesão sofrida na ronda francesa de Magny-Cours, regressou em Motorland Aragón onde, apesar de não ter vencido, terminou as três corridas em 2º.
Razgatlioglu e a sua BMW Motorrad M 1000 RR poderão então fechar as contas do título, o que será o seu segundo título de SBK e o primeiro para a marca alemã.
Com 414 pontos somados até ao momento, o piloto turco chega ao traçado vizinho à Serra de Sintra com uma vantagem de 39 pontos para Nicolò Bulega (Aruba.it Ducati), sendo que o bicampeão Alvaro Bautista (Aruba.it Ducati) é o terceiro classificado, mas com uma diferença de 81 pontos para Toprak, as esperanças de Bautista em revalidar o título são muito pequenas.
A primeira oportunidade para Toprak Razgatlioglu fechar as contas do título de SBK vai ser na Corrida 2. O título será seu caso consiga somar mais 23 pontos (em todo o fim de semana no Estoril), e conseguir não perder mais de 19 pontos para Bautista. Se isto acontecer, os dois pilotos da Aruba.it Ducati ficam matematicamente fora da corrida ao título e Toprak Razgatlioglu e a ROKiT BMW Motorrad WorldSBK sagram-se campeões!
Na classe Superbike destaque também para Danilo Petrucci (Barni Spark Ducati). O veterano italiano, que esteve em risco de vida há não muito tempo, está a atravessar um grande momento de forma e no Circuito do Estoril poderá reclamar para si o título de piloto Independente.
Outra nota de destaque vai para a possibilidade da Ducati conseguir o título de Construtores em SBK. A marca italiana necessita de ganhar 21 pontos à BMW Motorrad ao longo do fim de semana em Portugal.
Nas Supersport, as contas do título estão bastante favoráveis para Adrian Huertas (Aruba.it WorldSSP Team).
O piloto espanhol poderá tornar-se no primeiro a conseguir ser campeão de Superport 300 e Supersport. Mas, para isso, terá de ganhar ao longo do fim de semana 9 pontos em relação ao seu mais diretor perseguidor, Yari Montella (Barni Spark Ducati), e ainda ganhar 4 pontos a Stefano Manzi (Pata Prometeon Ten Kate Racing).
Adrian Huertas tem uma vantagem de 41 pontos sobre Montella e Manzi está com um atraso de 46 pontos. Depois do Estoril ficam por disputar duas corridas na ronda final em Jerez, por isso, se o espanhol conseguir aumentar a diferença para os perseguidores na proporção que referimos, o título de Supersport será seu.
Refira-se que nesta categoria intermédia do Mundial Superbike teremos a presença nesta ronda do Circuito do Estoril do português Gonçalo Ribeiro. O piloto luso foi convidado pela Federação de Motociclismo de Portugal (FMP) a ser “wildcard”, e fará a sua estreia nas Supersport juntamente com a sua equipa Fifty Motorsport.
O terceiro título mundial a ser discutido e, possivelmente, decidido no Circuito do Estoril, será relativo ao Mundial Feminino.
Apenas nove pontos separam a líder da classificação Ana Carrasco (Evan Bros Racing) da sua compatriota Maria Herrera (Klint Forward Factory Team). Com 163 pontos e 154 pontos, as duas pilotos espanholas detêm uma boa margem para a terceira classificada Sara Sanchez (511 Terra&Vita).
Nas contas do título do Mundial Feminino, Ana Carrasco, que regressa ao circuito onde, numa sessão de testes, sofreu um grave acidente em 2020, pode sagrar-se a primeira campeã do WCR caso consiga ganhar 42 pontos a Maria Herrera e 15 pontos a Sara Sanchez.
Recordamos que nesta categoria feminina do Mundial Superbike teremos em ação a piloto portuguesa Rafaela Peixoto. A piloto de Sintra recebeu o convite da FMP para ser “wildcard” nesta penúltima ronda da temporada, sendo que vai ter de enfrentar um grande desafio pois Rafaela Peixoto compete nas Supersport 300 do CNV Moto, enquanto no Mundial Feminino vai ter de pilotar uma Yamaha R7, o que será uma estreia absoluta.
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