“Se o Estado fizer muita obra pública vai criar um problema de preços”, diz CEO da Norfin

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Com 25 anos de atividade em Portugal e a gestão de 34 fundos e dois mil milhões de euros em ativos, a Norfin está focada no mercado residencial, sendo que os escritórios nos centros de Lisboa e do Porto continuam a ser produtos muito atrativos, assume ainda Francisco Sottomayor.

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A instabilidade regulamentar e fiscal, aliada a uma perda na capacidade de produção imobiliária são considerados por Francisco Sottomayor dois dos principais desafios que o mercado tem pela frente para resolver. Em entrevista ao Jornal Económico (JE), o CEO da Norfin, mostra-se preocupado com o “faz e desfaz de governos sucessivos” e que no seu entender criam um ecossistema de investimento que não é muito confortável.

“Durante a última crise financeira, Portugal perdeu uma parte relevante da sua capacidade produtiva. As empresas, as grandes construtoras nacionais tiveram que encontrar negócio lá fora”, salienta, manifestando receio de que não haja capacidade do país, para entregar tudo aquilo que haveria capacidade para fazer no mercado imobiliário.

“Neste momento há uma visão julgo que partilhada de que este desequilíbrio no mercado residencial tem que ser combatido, mas se o Estado vai drenar uma boa parte da capacidade construtiva para as obras públicas, mais difícil será de resolver esse problema”, Francisco Sottomayor.

Com 25 anos de atividade em Portugal e a gestão de 34 fundos e dois mil milhões de euros em ativos, o responsável assume que a Norfin está focada no mercado residencial, sendo que os escritórios nos centros de Lisboa e do Porto, continuam a ser produtos muito atrativos. “Estamos sempre a olhar para onde o mercado nos leva. Acho que nos próximos anos provavelmente estaremos mais focados em promoção imobiliária, ou seja, em construir do que propriamente em gerir ativos já existentes”, sublinha.

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