Sebastião Bugalho: “Percebo a estranheza de ver um Governo a fazer coisas”

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O candidato da Aliança Democrática esteve na associação académica de Coimbra, almoçou na República os Galifões, visitou o Instituto Pedro Nunes, mas o Plano de ação das Migrações e as acusações de eleitoralismo do Governo dominaram o dia de campanha.

A semana passada, o Governo anunciou o Programa de Emergência na Saúde, esta segunda-feira o Plano de Ação das Migrações, e, esta terça-feira à tarde, medidas sobre as creches gratuitas.

Sebastião Bugalho ironizou dizendo que “qualquer ajuda é bem-vinda”, mas garantiu que o Governo está apenas “a fazer coisas”.

“Eu percebo que haja alguma estranheza, alguma novidade ver um Governo a fazer coisas porque durante 9 anos houve um Governo que não conseguia ou não queria resolver os problemas”, atirou o candidato.

E concluiu: “Parece que é um problema, um primeiro-ministro, um ministro ter um plano para tirar do limbo 400 mil imigrantes.”

Sebastião Bugalho afirmou não perceber as críticas que são feitas pela oposição e muito menos pelo líder do PS que contesta o plano do Governo e a ausência de debate com a oposição.

“O que eu espero é que o dr. Pedro Nuno Santos enquanto líder da oposição esteja ao lado de proteger imigrantes das redes de tráfico humano, que esteja ao lado da regularização de meio milhão de pessoas que estão num limbo que as deixa desprotegidas”, disse.

O cabeça de lista às Europeias foi questionado ainda se o Plano das Migrações podia ajudar a sua candidatura em detrimento de outros partidos como o Chega.

“Acha que, se as medidas do governo tivessem alguma coisa a ver com a extrema-direita, ou com algumas restrições, António Vitorino as vinha elogiar? Tenho a certeza que não, eu também não as elogiaria”, afirmou.

Sebastião Bugalho disse ainda aos jornalistas que o plano do Governo não aperta regras, defendendo que “não se pode ter medo de resolver os problemas que metem medo às pessoas”.

“No meu entender, as regras não vão ser apertadas, vai ser removido um instrumento que causou o caos.”

“Este pacote de medidas não veio fechar nada, veio resolver um problema, veio combater o tráfico humano. Não podemos ter medo de resolver os problemas que metem medo às pessoas, se não elas vão continuar a ter medo, inclusivamente às 400 mil pessoas que tinham a sua situação por regulariza”, referiu ainda Bugalho.

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