Os dados do PMI industrial e dos serviços, nas economias do euro e norte-americana, vão marcar o dia, mas o destaque fica mais para o final da semana. Na sexta-feira, as bolsas europeias registaram perdas acentuadas, a começar pela indústria automóvel.
A bolsa de Lisboa perdeu 0,06% na sessão de sexta-feira e escapou às descidas mais acentuadas das congéneres europeias. Lá fora, o mercado automóvel registou perdas expressivas, após a Mercedes-Benz cortar no outlook.
Por cá, a Mota-Engil foi a cotada que mais desvalorizou, na ordem de 1,57%, até aos 2,50 euros por ação. Seguiram-se a Altri, ao cair 0,91%, para os 4,806 euros, ao passo que a Semapa recuou 0,82%, até aos 14,44 euros. A Jerónimo Martins desvalorizou 0,78% e ficou-se pelos 16,55 euros.
O BCP seguiu no caminho inverso, ao ganhar 0,84%, até aos 0,4189 euros.
Lá fora, o dia foi de perdas generalizadas e o sentimento negativo foi particularmente notório no sector automóvel. Em causa esteve, sobretudo, o facto de a cotação de mercado da alemã Mercedes-Benz ter caído 6,81%.
A automotora deu a conhecer um decréscimo acentuado nas previsões das contas referentes à operação que tem na China, acrescentando mais um sinal de enfraquecimento da indústria automóvel na Alemanha. Os números deixam ainda a perceção de que uma recessão na economia germânica pode estar para breve.
Entre as mais praças europeias, o principal índice francês foi o que mais perdeu, na ordem de 1,51%, enquanto o índice agregado Euro Stoxx 50 e a Alemanha tombaram ambos 1,43%. O Reino Unido contraiu 1,27%, Itália derrapou 0,82% e Espanha perdeu 0,21%.
“Por conseguinte, setores mais cíclicos, como o Tecnológico e o de Recursos Naturais, estiveram entre as piores performances. No de Consumo as empresas de Luxo foram condicionadas pelo corte de recomendação anunciado da Jefferies para a Burberry, que continua a ver risco para o sector”, assinalam os analistas.
“O facto de hoje ter sido dia de fecho de futuros e opções sobre ações e índices gerou um volume de transações mais forte que o habitual e pode ter ampliado alguns movimentos”, acrescenta-se.
Esta segunda-feira, destaque para o PMI industrial e dos serviços da zona euro e da economia norte-americana. A semana reserva ainda o PIB dos Estados Unidos no segundo trimestre, que vai ser conhecido na quinta-feira. No dia seguinte, vai ser divulgado o Índice de Preços (PCE) de agosto.
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