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16 abr, 2024 - 13:31 • Redação, com Lusa
Uber afirma não ser a visada pelas buscas do Ministério Público e da Autoridade Tributária. Segundo a PGR, estão em causa crimes de fraude fiscal, que terão lesado o Estado em cerca de 28 milhões de euros, e fraude contra a segurança social.
A sede da Uber em Lisboa está a ser alvo de buscas do Ministério Público (MP), da Autoridade Tributária (AT) e da Segurança Social, mas a plataforma eletrónica "não é a entidade visada das mesmas", garante a empresa. Segundo a PGR, estão em causa crimes de fraude fiscal, que terão lesado o Estado em cerca de 28 milhões de euros, e fraude contra a segurança social.
"Confirmamos as diligências nas nossas instalações, sendo que a Uber não é a entidade visada das mesmas. Estamos a colaborar com as autoridades e a disponibilizar toda a informação solicitada", confirmou fonte oficial da Uber, numa nota enviada à Lusa.
Segundo adiantou a CNN Portugal, o acesso ao piso onde estão localizados os servidores da empresa foram vedados aos funcionários.
Em comunicado, a Procuradoria-Geral da República (PGR) afirma que esta terça-feira foram realizadas 65 buscas domiciliárias e não domiciliárias, sobretudo na zona de Lisboa, no âmbito de um inquérito instaurado em julho de 2022 e dirigido pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).
Nestas buscas, "investigam-se factos suscetíveis de consubstanciar crime de fraude fiscal e fraude contra a segurança social" entre "uma sociedade comercial que se dedica, entre outras, às atividades de gestão de plataformas digitais relacionadas com a restauração, e à venda de serviços de entrega a clientes finais, e os seus principais parceiros de frota."
A PGR esclarece ainda que a entidade foi sujeita às buscas realizadas à custa de "indícios de que estes últimos contabilizaram e beneficiaram da emissão de faturas que não correspondem a serviços efetivamente prestados, constituindo por isso operações simuladas."
"O prejuízo patrimonial causado aos cofres do Estado português com tal atuação, cifra-se atualmente, em termos indiciários, no montante global de cerca de 28 milhões de euros, a título de fraude fiscal", lê-se ainda no comunicado.
Em causa está também o não pagamento à Segurança Social dos valores devidos pelas quotizações dos trabalhadores, cujo montante global se suspeita ser de, pelo menos, 7,5 milhões de euros, de acordo com a PGR.
A acompanhar as buscas estão vários elementos da Guarda Nacional Republicana, avança a CNN.