Segundo denunciante de defeitos em aviões Boeing morre repentinamente

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Aviação

02 mai, 2024 - 14:24 • Beatriz Pereira

Joshua Dean, ex-auditor de qualidade da Spirit AeroSystems, tinha alegado graves falhas de qualidade nas instalações de produção do Boeing 737 MAX.

Um ex-funcionário da Spirit AeroSystems, fornecedora da Boieng, que tinha denunciado a empresa de ignorar defeitos na fabricação do Boieng 737 MAX, morreu esta terça-feira após doença súbita.

Segundo o Seattle Time, Joshua Dean, ex-auditor de qualidade da Spirit AeroSystems, tinha 45 anos e era uma pessoa saudável.

Através de uma publicação no Facebook, a mãe de Dean disse que o filho estava a “lutar pela vida”, depois de ter contraído uma infeção, que terá causado uma pneumonia.

De acordo com a Al Jazeera, o funcionário tinha apresentado uma queixa contra a Spirit à Administração Federal de Aviação, alegando graves falhas de qualidade nas instalações de produção do 737 MAX, na fábrica em Wichita, no Kansas, nos Estados Unidos.

Mais tarde foi demitido pela empresa, por sinalizar furos indevidamente perfurados nas fuselagens, disse Dean numa entrevista à NPR.

A morte acontece dois meses depois de Josh Barnett, outro funcionário, de 62 anos, ter sido foi encontrado morto.

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De acordo com as autoridades da Carolina do Sul, Barnett morreu devido a um aparente ferimento de bala autoinfligido.

Na altura, os advogados que representaram Barnett referiram que o seu cliente estava no meio de um processo contra a Boeing, após sofrer represálias no trabalho com a denúncia que fez dos problemas de segurança com o Boeing 787 Dreamliner.

Em 2019, Barnett tinha mesmo alegado à BBC que a Boeing tinha deliberadamente equipado aviões com peças defeituosas e que haviam graves problemas com os sistemas de oxigénio.

O mistério que envolve as duas mortes, a serem investigadas pelas autoridades, surge numa altura em que a Boeing, que domina o mercado dos aviões comerciais, tem sido alvo de grande escrutínio em termos de segurança depois de dois acidentes fatais do 737 Max em 2018 e 2019, que vitimaram 346 pessoas e, ainda mais recentemente, vários incidentes, entre eles a queda da porta do avião da Alaska Airlines em pleno voo.

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