Senhor Champions também sua

6 meses atrás 82

O Santiago Bernabéu mais pareceu uma biblioteca perante a exibição do RB Leipzig, esta quarta-feira, mas no final a festa fez-se em castelhano. O Real Madrid teve que sofrer até ao último segundo perante uma equipa alemã de grande personalidade e altamente competente, mas o empate a um, na segunda mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões, serviu as pretensões dos homens de Carlo Ancelotti. A busca pela 15.ª orelhuda continua na capital espanhola.

Os primeiros minutos foram de muita personalidade por parte da equipa comandada por Marco Rose. O RB Leipzig não se encolheu perante a grandiosidade do palco e da ocasião, bem pelo contrário. Os alemães assumiram a bola, ditaram o ritmo a que se jogou e foram a equipa com sinal mais nos primeiros 20 minutos em pleno Bernabéu. Isto, porém, não significou que Lunin tenha sido particularmente incomodado nesse período.

A pouco e pouco, o Real Madrid foi capaz de equiparar as forças. Porém, tal como tinha acontecido com os germânicos, também os blancos não se tornaram particularmente perigosos no último terço. Do lado contrário, o RB Leipzig foi capaz de fazer tudo bem até ao último terço, mas a falta de acerto na definição/finalização foi a maior inimiga.

Ainda assim, as melhores oportunidades da primeira parte tiveram assinatura alemã. Numa reta final onde os forasteiros voltaram a ter sinal mais, Xavi Simons forçou uma defesa apertada a Lunin e, na sequência do pontapé de canto, Lois Openda teve o golo nos pés, mas o remate de primeira saiu ligeiramente ao lado.

Na trave esbarrou a esperança alemã

Mais sinais de que a eliminatória estava totalmente em aberto não podiam existir. Uma vez mais, a melhor entrada do RB Leipzig na segunda parte criou dificuldades ao Real Madrid, mas o desacerto de Openda - exibição muito competente em todos os aspetos, exceto a finalização - continuou a impedir os visitantes de castigarem os homens da casa.

O Real aguentou, esperou e tirou dividendos quando a espera lhe deu o que queria: Toni Kroos intercetou um passe do adversário a meio-campo, lançou Bellingham no contra-ataque e o inglês ganhou metros e temporizou antes de servir Vinícius Júnior, em diagonal da esquerda para o meio, para o 1-0. 

O golo sofrido era pesado para a exibição da equipa de Marco Rose, mas uma grande resposta surgiu, três minutos depois, numa cabeçada certeira de Orban. Tudo de volta à estaca zero - diferença de um golo no agregado - e o RB Leipzig capaz de encostar o Real Madrid às cordas. Os merengues acabaram a sofrer e Dani Olmo esteve a centímetros de um golo de antologia para forçar o prolongamento, mas a trave negou-lhe o chapéu a Lunin.

Juntamente com o remate de Olmo, também a última réstia de esperança dos alemães esbarrou no ferro de Lunin. Sofreu a bom sofrer, é certo, mas o Real Madrid está nos quartos de final e continua na busca pela 15.ª coroa.

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