Sensibilidades na coligação e três eleições no horizonte: os desafios do Governo Tusk

9 meses atrás 103

16 dezembro 2023 23:20

O Presidente polaco, Andrzej Duda, e o primeiro-ministro, Donald Tusk

anadolu/reuters

Novo primeiro-ministro diz que quer refazer pontes com a UE, mas também não as pode queimar no Executivo. Com eleições locais, europeias e presidenciais no próximo ano e meio, um dos desafios será manter a unidade da coligação governativa

16 dezembro 2023 23:20

Foi já como primeiro-ministro que Donald Tusk anunciou em Bruxelas que “a Polónia está de volta à Europa”. Horas depois de o seu Governo ser formalmente empossado pelo Presidente polaco, Tusk aterrava na capital belga, quarta-feira, para uma reunião do Conselho Europeu, órgão a que presidiu entre 2014 e 2019. “É o momento mais importante da minha vida política. Não foi tarefa fácil”, declarou o governante, dois meses depois de a oposição ter conquistado uma maioria parlamentar capaz de pôr fim a oito anos de governação do partido nacionalista e conservador Lei e Justiça (PiS). Na véspera, ao apresentar o programa e a composição do seu Governo, Tusk comprometera-se a reparar as relações com a União Europeia (UE), restabelecer o Estado de direito e melhorar o acesso ao aborto.

Se chegar até aqui “não foi tarefa fácil”, os anos que se seguem também se afiguram difíceis. Ao contrário da primeira vez em que foi primeiro-ministro (2007-14), altura em que só precisou do apoio da sua Plataforma Cívica, Tusk lidera agora um Governo de três grandes sensibilidades e com representação proporcio­nal aos resultados eleitorais: a Coligação Cívica (de centro, com 14 ministros), a Terceira Via (centro-direita, sete ministros) e a Nova Esquerda (quatro). Um dos grandes desafios será, pois, manter a unidade do Executivo, tanto mais que já no próximo ano há eleições locais e europeias e, em 2025, presidenciais.

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