Foram as perspetivas empresariais as grandes responsáveis por este resultado, com as firmas europeias a anteciparem um abrandamento do mercado de trabalho.
O sentimento económico dos investidores na zona euro voltou a cair em abril, contrariando a tendência geral dos inquéritos de mercado e confiança, embora não de forma suficientemente intensa para inverter a perspetiva dos analistas de que o segundo trimestre irá marcar o regresso da moeda única ao crescimento real.
O índice compilado pela Comissão Europeia caiu para 95,6 em abril depois de ter ficado em 96,2 em março, um valor revisto em baixa por 0,1 pontos. O mercado apostava em nova subida até 96,9, seguindo a trajetória dos últimos meses e de outros indicadores privados de mercado como os índices de gestores de compras (PMI).
A confiança dos consumidores até subiu no mês em análise, mas a vertente empresarial resultou na descida do indicador nominal. As expectativas de emprego abrandaram, dando mais pistas de que o mercado laboral europeu está finalmente a abrandar após vários trimestres consecutivos de rigidez histórica.
Sendo um inquérito trimestral detalhado, Bruxelas enviou questões às empresas sobre capacidade instalada e utilizada, concluindo que esta última caiu em relação ao período anterior. A taxa de capacidade instalada está atualmente abaixo da média de longa duração da série, com 78,9% contra 80,9% de média, um cenário compatível com a queda contínua das novas encomendas nos últimos trimestres.
Ao mesmo tempo, as empresas reportam que o atual caderno de encomendas asseguraria 4,9 meses de produção, uma subida em relação aos 4,7 do trimestre anterior, enquanto as exportações líquidas devem voltar a crescer pela primeira vez desde o segundo trimestre do ano passado.