Sergio Rico fala da recuperação depois do coma: "Perdi 18 quilos"

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Sergio Rico, antigo guarda-redes do Paris Saint-Germain, concedeu, esta sexta-feira, uma entrevista ao programa italiano Cronache di Spogliatoio, na qual falou sobre o período em que esteve em coma, após a queda quando andava de cavalo.

O guarda-redes espanhol, de 30 anos, contou que perdeu 18 quilos de peso. Ainda assim, Rico quer voltar aos relvados, ele que não realizou qualquer jogo oficial nas duas últimas temporadas.

"Lembro-me de ter apanhado um voo da França para a Espanha. Tínhamos um dia de folga antes do nosso último jogo contra o Clermont, que encerraria a temporada. Cheguei à Andaluzia para ir a El Rocio com minha família, um lugar cercado pela natureza, repleto de animais e vegetação, onde milhares de pessoas se reúnem para uma peregrinação. Seja a pé, a cavalo ou em carroças. Depois disso, não me consigo recordar de mais nada. Era 28 de maio de 2023. Acordei do coma no dia 19 de julho. A minha última memória é da viagem a El Rocio; depois, é um vazio", afirmou o veterano guardião espanhol.

"Acredito que houve dois milagres. O primeiro é estar vivo. E o segundo é que estou vivo e sem sequelas, totalmente recuperado. Estou 100% bem e pronto para voltar a jogar futebol sem problemas. Foi um longo caminho, porque fiquei afastado dos relvados por 10 meses. Passei o verão no hospital após sair do coma. Perdi 18 quilos, a minha massa muscular foi-se e não tinha forças. Sentia-me extremamente cansado, até mesmo para subir um lance de escadas. No início foi desafiante. Ouvi muitas vezes que os músculos têm memória e que voltaria, mas a recuperação foi bastante dura, especialmente nas primeiras fases de reabilitação", prosseguiu o internacional por Espanha.

Agora, aos 30 anos, e sem jogar há praticamente dois anos, Sergio Rico encontra-se sem clube após passagens pelo Paris Saint-Germain, Mallorca, Sevilla e Fulham. O seu desejo é regressar ao futebol profissional.

"Recuperei 100% e quero jogar novamente. Estou a treinar para isso. Nunca deixei de me sentir um jogador de futebol. De facto, os treinadores do Paris Saint-Germain ficaram impressionados quando fizemos um teste neurológico, o neurotracker, e meus resultados estavam até melhores do que antes do acidente. O processo foi lento, mas não tive pausa. A cada dia sentia-me melhor e aumentava a carga dos treinos. Todavia, tinha que ter cuidado para evitar lesões musculares devido à longa inatividade", explicou Sergio Rico.

"Nunca esquecerei a primeira vez que voltei a usar as luvas no campo de treino do Paris Saint-Germain. Foi uma sensação indescritível, um retorno ao que amo. Sempre soube que fazia parte deste desporto, mesmo quando estava hospitalizado. Após o choque inicial, a minha única preocupação era voltar a jogar. Perguntei-me se conseguiria, mas todos confirmaram que sim, que estaria 100% preparado", finalizou.

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