Sérgio Vieira e a derrota em Vizela: «Tivemos um apagão mental»

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Sérgio Vieira foi sintomático na sua análise à derrota com o Vizela (4-0), este sábado, que leva a luta para fugir ao lugar de playoff de permanência até à última ronda do campeonato, diante do Gil Vicente.

"O momento é de estar com a nossa estrutura no balneário, como estivemos com os nossos adeptos a sentir a dor e a irritação, a frustração... As dores que estão a sentir pelo que foi o desempenho da equipa neste jogo tinha de estar próximo deste momento de reflexão", vincou o técnico dos tricolores, lamentando um resultado pesaroso.

Que sentimentos tem nesta derrota?

"A irritação é momentânea, a tristeza, uma série de sentimentos que são consequência do que acomnteceu.O momento que atravessamos, que viemos a cair ao longo da época mexeu connosco em termos emociomnais. Hoje tivemos um apagão mental que nos levou a não ter os comportamentos adequados neste jogo. A atitude desinibida do Vizela e alguma ansiedade, alguma falta de naturalidade nos comportamentos dentro de campo, levou a que este desfecho fosse uma realidade. Contudo, continuamos a depender só de nós."

O que se passou no balneário com os jogadores?

"Estivemos a conversar. Temos tudo programado desde o início da época, as análises em cada jogo. O que fizemos em Arouca tem de ter continuidade, contra uma equipa que jogava da mesma forma que o  Vizela. Tínhamos de jogar da mesma forma também. Houve excesso de confiança depois do empate em Arouca sem sofrer golos. Não nos superámos, não tivemos espírito de sacrificio. Não teve a ver com a estratégia, sempre tivemos as ideias e os comportamentos certos. Teve a ver com comportamentos individuais. Vamos ter uma semana mais responsável."

Quais foram os detalhes que correram mal?

"As principais ideias aconteceram no último jogo e neste tínhamos de ter um espírito de sacrifício, passando pelas coberturas da linha média. Tentar manter esse registo e íamos fazer golos. O rigor individual não permitiu que cumpríssemos esse objetivo. Ficou por terra quando sofremos. Fomos dando tempo ao tempo, tivemos que ir ajustando, arriscando cada vez mais. Fica a vontade de querer fazer alguns ajustes. Este grupo tem um caráter enorme que se levanta depois de uma pancada. Esta foi uma das várias que levámos ao longo da época. Lamentamos pelos adeptos, o apoio tem sido incondicional."

O Vizela não tinha pressão por resultados...

"Conhecemos os jogadores. Todos esses fatores, da importância do jogo, são fatores diferentes. O adversário era o ultimo classificado e isso, na cabeça dos jogadores, pode ter dado algum facilitismo. Podíamos ter decidido já a permanência, porém mentalmente alguns jogadores não estiveram 100 por cento alinhados."

Futuro e o jogo com o Gil Vicente.

"Impossível cometer o mesmo erro no próximo jogo. Ou aprendemos pelo amor ou pela dor. Os nosso adeptos podem ficar tranquilos porque o futuro do clube está garantido. O que não nos mata, fortalece. Este ano, as diferentes pancadas que levámos, sempre teve essa alma replicada por este grupo, com resiliência para se levantar. Vai ser o Gil, mas podía ser outro qualquer, vamos dar a vida para conseguir a vitória."

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