Serviço militar obrigatório rejeitado quase em bloco pelos alunos da Universidade do Porto

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Inquérito

06 jun, 2024 - 12:34

Federação Académica do Porto promoveu inquérito sobre a Europa juntos dos alunos. A obrigatoriedade do cumprimento de um serviço militar é ejeitada por 95% do universo dos estaudantes da UPorto.

A Federação Académica do Porto (FAP) divulgou os resultados do inquérito lançado aos estudantes sobre a Europa. O resultado é expressivo: 95% dos alunos não querem o regresso do serviço militar obrigatório.

Esta é uma posição "absolutamente natural" para o presidente da FAP. À Renascença, Francisco Porto Fernandes diz "não se perceber como é que alguém acha normal voltar ao debate de um tema que seria um retrocesso democrático no que diz respeito aos direitos, liberdades e garantias dos jovens portugueses".

"Os cidadãos criam-se nas escolas, criam-se através da educação, através do conhecimento, não através do serviço militar obrigatório", completa.

No inquérito, foi também abordada a identificação dos jovens com a Europa. O estudo revela que 80% dos inquiridos consideram-se europeístas, algo que deixa satisfeito o representante da academia do Porto, que salienta o papel da "mobilidade, nomedamente do programa Erasmus".

Apesar deste indicador, apenas 22% dos estudantes acompanha regularmente a atividade dos eurodeputados portugueses. Questionado acerca deste dado, Porto Fernandes sublinha que "muitas vezes só ouvimos falar de Europa quando estamos próximos de eleições europeias", apesar de haver uma responsabilidade "do próprio cidadão em se interessar em estarem informados, também parte dos próprios eurodeputados e também da própria comunicação social".

"Também há, muitas vezes, a ideia de que não é na Europa que decide, o que sabemos que é incorreto", aponta.

As preocupações face ao contexto internacional foram um dos dados destacados pela Federação Académica do Porto. A imigração e as guerras são os principais desafios apontados. No entanto, o presidente da FAP rejeita alarmismos e destaca a "moderação da generalidade dos jovens, principalmente aqueles com formação superior".

"A maioria dos jovens não se alimenta dos discursos populistas que a imigração está relacionada com a criminalidade ou diminuição das oportunidades para os jovens portugueses e europeus", considera a mesma fonte.

O responsável da FAP relevou ainda que tem estado em reuniões com os partidos políticos para falar sobre o caderno de propostas lançado há uma semana, numa altura em que faltam três dias para portugal ir a votos.

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